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Taxa sobre açúcar: Nestlé diz que que devia ter havido “mais diálogo com a indústria”

O director-geral da Nestlé Portugal sublinha que a taxa não tem impacto na empresa. Mas "pode ser a primeira decisão para no futuro afectar outras categorias". 71% das compras da Nestlé foram a fornecedores locais.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Março de 2017 às 15:22
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A nova taxa para refrigerantes com açúcar, que entrou em vigor no dia 1 de Fevereiro, não vai ter impacto nos produtos vendidos pela Nestlé Portugal. Inicialmente a medida afectou alguns produtos vendidos pelo grupo suíço nas máquinas automáticas, mas que entretanto já foram "descontinuados", revelou esta terça-feira Jordi Llach, director-geral da Nestlé Portugal, durante um encontro com jornalistas no âmbito da apresentação das contas relativas a 2015.

Questionado sobre a decisão da introdução da nova taxa, o responsável referiu que na sua opinião deveria ter havido mias diálogo entre o Executivo e a indústria.

"Gostaria de ter visto mais diálogo com a indústria", disse, sublinhando que apesar de "não ter impacto para a Nestlé, pode ser a primeira decisão para no futuro afectar outras categorias".

A produção e promoção de produtos mais saudáveis, nomeadamente com menos açúcar, é um dos principais focos da estratégia da empresa. Passar a introduzir no mercado produtos com "menos açúcar e uma das chaves para o futuro. Faz parte da nossa estratégia", sublinhou.

Neste campo, Jordi Llach explicou que a empresa está a trabalhar em duas vertentes: "produzir produtos com menos açúcar" e "educar e promover um estilo de alimentação mais saudável". Uma estratégia que será aplicada nas várias categorias de produtos da Nestlé, incluindo nos produtos de alimentação para cães e gatos, segmento onde está presente através da marca Purina.

Durante a apresentação dos resultados de 2016, período no qual a empresa aumentou as vendas totais em 4,7% para 480 milhões de euros, o director-geral da Nestlé Portugal destacou ainda o reforço das compras nacionais.

"Compramos mais de 70% em Portugal. Por isso, estamos a criar valor económico para as empresas e agricultores nacionais", referiu.

Durante 2016, 71% das compras de matérias-primas, material de embalagem e outros serviços foram feitas a fornecedores nacionais, de acordo com as contas divulgadas pela empresa.

"Por rubricas, comprámos a fornecedores portugueses 35% das matérias-primas, 91% do material de embalagem e 92% dos serviços necessários às nossas operações", detalha a Nestlé Portugal.

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