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Tabaqueira exporta mais de 550 milhões de euros
A Tabaqueira é "um dos dez maiores exportadores" portugueses, tendo no ano passado exportado cerca de 550 milhões de euros, indicou esta quarta-feira o director-geral da empresa, Miguel Matos, num encontro com jornalistas.
A Tabaqueira é "um dos dez maiores exportadores" portugueses, tendo no ano passado exportado cerca de 550 milhões de euros, valor que deverá aumentar este ano, indicou esta quarta-feira, 12 de Dezembro, o director-geral da empresa, Miguel Matos, num encontro com jornalistas.
Em 2017, detalhou, a facturação ascendeu a 1.500 milhões de euros, "dos quais 1.200 milhões foram pagos em impostos". Em volume, a produção rondou os 25 mil milhões de cigarros, mas considerando outros produtos de tabaco, a empresa produziu 40 mil milhões em cigarros equivalentes.
A maior fatia da produção destina-se aos mercados externos. "As exportações representam cerca de 80%", referiu Miguel Matos. Espanha é um dos principais destinos, seguida de Itália, precisou. "Somos a fábrica do Sul da Europa da Philip Morris", afirmou.
O responsável destacou que, desde a aquisição da Tabaqueira pela Philip Morris International, em 1997, os investimentos ascendem a 350 milhões de euros. O investimento médio anual ronda os 13 a 14 milhões de euros nos últimos anos, acrescentou.
Miguel Matos frisou que a produção da fábrica da Tabaqueira, situada em Albarraque (Sintra) mais do que triplicou face a 1997. E, sublinhou, as exportações passaram de quase inexistentes para principal destino da produção.
"O mercado de tabaco em Portugal reduziu-se de cerca de 15 mil milhões de cigarros anuais em 1997 para à volta de 10 mil milhões actualmente", acrescentou, salientando que "o número de fumadores baixou de cerca de 2,5 milhões para perto de dois milhões".
A fábrica do grupo em Portugal deverá vir a ser reconvertida para poder produzir produtos de tabaco aquecido. "Mas, neste momento não é possível adiantar uma data para essa reconversão", ressalvou Miguel Matos.
A Philip Morris International reconverteu totalmente fábricas em Itália, Grécia e Roménia. Os planos para as próximas fábricas passam por uma "reconversão parcial", permitindo que as unidades tenham uma produção dual: de tabaco convencional e de tabaco sem combustão. A concretizar-se, a reconversão da fábrica de Albarraque será parcial, admitiu.
Para o próximo ano, a Tabaqueira, que emprega cerca de 800 pessoas, prevê um reforço de pessoal, "com particular incidência na área comercial", indicou ainda o administrador.
Questionado sobre um eventual interesse no mercado de canábis, Miguel Matos assegurou que a Philip Morris International manterá o seu foco no "tabaco aquecido". "Até porque somos uma empresa global e a legislação sobre canábis difere muito de país para país", explicou.