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Sonae admite repetir fórmula da Sport Zone na Worten

Paulo Azevedo diz que "não é impossível" avançar com fusão da cadeia de produtos de electrónica, como a que acaba de fazer no desporto, afirmando que o grupo está "cada vez mais à vontade para trabalhar com parceiros".

Paulo Duarte
16 de Março de 2017 às 15:25
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A Sonae admite a possibilidade de avançar na Worten com uma operação do género da que concretizou há poucos dias, em que fundiu a sua participada que detém a Sport Zone com os activos da multinacional britânica JD Sports e JD Sprinter na Península Ibérica.

 

Embora não vislumbre, para já, "uma solução com o valor acrescentado que pudesse merecer análise desse tipo de cenários", Paulo Azevedo resumiu que um movimento semelhante na cadeia de retalho especializada na electrónica "não está no horizonte (…), mas não é impossível", frisando que o grupo que dirige está "cada vez mais à vontade para trabalhar com parceiros".

 

Durante a apresentação de resultados referentes a 2016, em que o grupo superou as previsões dos analistas com um aumento de 23% nos lucros, o chairman e Co-CEO acrescentou que "a Worten já atingiu no seu total uma rentabilidade interessante" no ano passado e que "o retorno sobre o capital empregue [nesta operação a nível ibérico] já é um valor muito positivo e de acordo com os objectivos" que tinham sido traçados.

 

A Sonae SGPS anunciou a 9 de Março um acordo com a JD Sports Fashion Plc – líder do retalho de artigos desportivos no Reino Unido – para combinar os negócios da empresa no mercado ibérico (JD Group e JD Sprinter) com a Sport Zone. Esse memorando "estabeleceu os parâmetros principais para a criação de um grupo ibérico de desporto que terá como accionistas a JD Group, a Sonae e a família accionista da JD Sprinter, com posições de aproximadamente 50%, 30% e 20%", respectivamente.


Conhecida por gostar de mandar nos negócios em que opera, acabou por firmar uma operação que sinaliza um novo posicionamento do grupo no mercado, preferindo abrir mão do controlo do capital para conseguir ser mais forte e rentável no quadro de uma parceria global. O Co-CEO, Ângelo Paupério, explicou esta quinta-feira que, com esta parceria, o volume de negócios "praticamente duplicou" e que o grupo tem "condições para ser um operador com massa crítica, rentabilidade e capacidade de crescimento num patamar distinto daquele que [tinha] sozinho". 

 

"Ainda somos o número dois ibérico, muito distante do número um [Decathlon]. Já temos coisas fora da Península Ibérica e não vamos desistir delas, mas não é o essencial", apontou Paulo Azevedo, lembrando, por exemplo, as cinco lojas Sport Zone franquiadas na Índia. "O essencial desta parceria é conquistar uma posição rentável e forte na Península Ibérica e ter um modelo que possa conquistar clientes e quotas de mercado noutros países", completou.

 

Durante uma conferência de imprensa, realizada na Maia, Paupério insistiu que "a ideia é que este modelo de negócio, depois de consolidado e desenvolvido, possa ter uma ambição de crescimento fora da Península Ibérica". E detalhou que o grupo avançou com esta fusão, que também traz uma diluição dos custos fixos, porque "a escala é relevante" neste segmento do desporto, em que é preciso "assegurar uma relação forte com as grandes marcas produtoras, que têm um poder muito grande".

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