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Retalho especializado e restauração com tombo de quase 30% face a 2019

Associação de Marcas de Retalho e Restauração propõe 11 medidas para ajudar o setor, propondo, por exemplo, uma compensação por quebras devido à proibição de saldos e um apoio para fazer face aos custos de energia.

Maioria dos empresários acredita que o nível de atividade deve retomar no início de 2022.
Vitor Mota
17 de Janeiro de 2022 às 19:59
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O volume de negócios do retalho especializado e da restauração sofreu uma queda de 28,6% em 2021 em relação ao apurado em 2019, o ano pré-pandemia, revela um inquérito conduzido pela Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR).

Em comunicado, enviado esta segunda-feira às redações, a AMRR, cujos associados representam 3.500 espaços comerciais e de restauração, sublinha que os dados resultantes do inquérito se afiguram "ainda mais preocupantes" atendendo a que "acumulam com a queda verificada em 2020 de 37,6%", o que significa que, "nos últimos dois anos, o comércio a retalho (não alimentar) e a restauração perderam cerca de 1/3 da sua faturação, ou seja, o equivalente a 8 meses de faturação".

"Estes números confirmam os dois anos absolutamente devastadores para o comércio a retalho não alimentar e para a restauração. A estes setores tem sido pedido para fazer um esforço e um sacrifício para defesa da saúde pública e do bem comum, mas importa que não sejam deixados para trás e que haja uma verdadeira distribuição de sacrifícios na nossa sociedade", diz o presidente da AMRR, Miguel Pina Martins, citado na mesma nota. 

Neste contexto, e recordando que, no ano passado, os espaços comerciais estiveram encerrados ou limitados na atividade, designadamente ao nível dos horários e do rácio de lotação" e, mais recentemente, foram afetados pelas duas semanas "fortemente penalizadoras" que se seguiram ao Natal devido à proibição de saldos, a AMRR propôs ao Governo e aos partidos 11 medidas de âmbito fiscal, de tesouraria e de apoio direto para "dar resposta urgente à situação limite em que vive o setor".
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"As 11 medidas que apresentamos são absolutamente necessárias e acreditamos que serão bem atendidas pelos vários partidos políticos", afirma Miguel Pina Martins.

A maior parte das propostas cai na esfera fiscal, com a AMRR a defender desde logo a redução temporária do IVA, o alargamento a todas as empresas (com um volume de negócios de até 50 milhões de euros), bem como o pagamento a prestações das contribuições para a Segurança Social ou a redução da taxa do IRC.


A possibilidade de os setores do retalho (não alimentar) e restauração voltarem a beneficiar de moratórias de crédito e a introdução de linhas de crédito garantias pelo Estado são outras das medidas aventadas.

A AMRR considera ainda que o Governo deve lançar uma série de apoios diretos. Em concreto, sugere a reativação tanto do Programa Apoiar, permitindo a sua aplicação, durante o primeiro semestre do ano, às empresas com um volume de negócios de até 50 milhões de euros, como do Programa Apoiar Rendas.

Defende também uma compensação financeira igual a 20% do valor total da quebra de faturação das empresas do retalho e da restauração entre os dias 26 de dezembro a 9 de janeiro, período em que vigorou a proibição de saldos nas lojas físicas, apurada em comparativo com o valor médio de faturação entre 1 e 24 de dezembro, assim como um apoio para compensar o aumento dos custos energéticos.

 

 

 

 

 

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