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Retalhistas norte-americanas apostam em apps para impulsionar vendas na época festiva
As retalhistas tradicionais estão a apostar na diversificação de funções das suas aplicações para smartphones, com o objectivo de atrair os clientes e fazer face a uma tendência crescente dos consumidores para fazer compras através da internet.
Esperando recuperar quota de mercado face às rivais digitais e cansados de ver os clientes a usar os seus telemóveis para encontrarem melhores negócios do que os oferecidos pelas lojas, os retalhistas tradicionais dos EUA estão a apostar nas suas aplicações móveis para incentivar o consumo, especialmente na época das festas que se aproxima, noticia a Reuters esta segunda-feira 23 de Novembro.
Em algumas lojas da Macy’s os clientes que descarregarem a aplicação da retalhista vão poder usar o seu smartphone para os guiar nas compras, facilitando a busca pelos produtos que desejam adquirir.
Na JCPenney os clientes podem tirar uma fotografia, por exemplo, das botas de alguém com quem se cruzaram e rapidamente descobrir se a loja tem umas similares em armazém.
Na Staples está a ser testada uma aplicação que permite aos funcionários informar os clientes sobre a diferença de preços face às concorrentes, como a Amazon.
As novas aplicações permitem também aos clientes encomendar produtos que naquele momento estão esgotados, agendando a entrega para mais tarde, comparar preços e até chamar funcionários das lojas, escreve a Reuters.
No entanto, os esforços dos retalhistas vão enfrentar dois obstáculos significativos com a rápida aproximação da época festiva: a capacidade de cativarem os clientes com estas aplicações, e depois fazer com que acreditem que serão capazes de fazer face aos preços e à conveniência das lojas de e-commerce, escreve a Reuters.
As empresas que não têm uma presença "mobile" estão a jogar um jogo "muito perigoso", diz Jay Henderson, responsável de marketing da IBM. "Os retalhistas que não consigam oferecer experiências mais personalizadas através dos dispositivos móveis vão começar a perder clientes para empresas que o consigam fazer", acrescentou, citado pela Reuters.
Crescente aposta na diversificação de funções das aplicações
A Macy's, adicionalmente ao guia que orienta aos clientes no interior das suas lojas e a uma ferramenta semelhante à da JCPenney, inspirou-se na aplicação de encontros Tinder e usa um sistema igual para recomendar produtos aos clientes.
A aplicação da JCPenny pode ser utilizada também para ler códigos de barras, oferecendo mais informações sobre o produto em causa.
A aplicação da Best Buy permite aos clientes ligar, enviar uma mensagem ou um email a representantes das lojas enquanto estão no local.
Este tipo de movimento obrigará os retalhistas a garantirem que as suas aplicações estão sempre actualizadas, que as funções dos terminais operam na perfeição e que a ligação à internet nas lojas funciona correctamente.
"Um plano mal executado pode ser pior que não ter uma estratégia de todo", diz Perry Kramer, vice-presidente da Boston Retail Partners. "Os riscos passam por perder esses clientes o resto do ano, ou por um longo período", acrescentou.
As aplicações dos retalhistas são cada vez mais comuns, e Portugal não é excepção. Continente, El Corte Inglés, Intermarché, Jumbo, Pingo Doce, Minipreço, Aldi e Lidl são algumas das marcas que já disponibilizam este tipo de produto e cujas funcionalidades poderá conhecer melhor aqui.