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Proibição de saldos corta vendas do retalho pela metade

Associação de Marcas de Retalho e Restauração apela ao "fim imediato" da proibição de saldos nas lojas físicas, que dura até ao próximo dia 9, face aos "prejuízos muito significativos para os consumidores e empresas".

A associação dos centros comerciais diz que a questão das rendas entre 18 de março e 25 de julho é um assunto      arrumado.
Mário Cruz
05 de Janeiro de 2022 às 17:04
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A proibição dos saldos nos últimos dias de dezembro levou a uma queda de 51,2% das vendas do comércio face ao período homólogo de 2019, razão pela qual a Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) apela ao "fim imediato" da medida que dura até 9 de janeiro.

Os dados foram apurados pela AMRR através de um inquérito levado a cabo junto dos seus associados, que representam 3.500 espaços comerciais e de restauração, referindo-se ao período compreendido entre os dias 26 e 31 de dezembro.

"Estes números confirmam que esta medida se revelou injusta e desadequada, sem efeitos na contenção pandémica, e com prejuízos muito significativos para os consumidores e para as empresas", afirma a AMRR, pedindo uma "revisão urgente das medidas impostas ao comércio, à restauração e aos cinemas".

Em comunicado, enviado esta quarta-feira às redações, a AMRR apela ao Governo para que, "com efeitos imediatos, volte a ser permitido aos lojistas promoverem saldos", lembrando o "esforço e o investimento que os seus associados têm realizado para garantir condições excecionais de segurança e higiene nos seus espaços, em particular os inseridos nos centros comerciais".

A AMRR diz "compreender" a limitação de entradas nos espaços comerciais - com um rácio de uma pessoa por 5 metros quadrados -, uma medida que qualifica, aliás, de "adequada" e "suficiente" para evitar ajuntamentos, mas volta a insurgir-se contra a proibição de saldos entre o Natal e o Ano Novo, decidida em Conselho de Ministros no passado dia 22 de dezembro.

"Representou um claro prejuízo para os consumidores e para a faturação nos espaços comerciais, num período especialmente impactante nas contas anuais das empresas e em particular num ano em que se encontraram encerradas durante cerca de 3 meses", enfatiza a AMRR, falando num "desastre financeiro" para as empresas que "contavam com as vendas deste período para minimizar os prejuízos do ano".

"Estes números vêm confirmar os nossos receios relativamente ao impacto da proibição dos saldos", assinala o presidente da AMRR, Miguel Pina Martins, apontando que "as empresas mantiveram a sua estrutura de custos intacta, mas as receitas caíram a pique".

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