Notícia
JM critica política fiscal que onera doação de alimentos
“Não percebo”, desabafou esta quarta-feira aos jornalistas Pedro Soares dos Santos, criticando uma política fiscal que tributa quem doa, mas não quem desperdiça alimentos.
O grupo Jerónimo Martins, dono da cadeia de 400 supermercados Pingo Doce e de 40 "cash & carry" Recheio em Portugal doou em géneros alimentícios, contabilizados a preço de custo, o equivalente a 14 milhões de euros em território nacional em 2015.
Juntamente com a Polónia, a doação foi de 17,4 milhões de euros em bens alimentares, a instituições de solidariedade social, anunciou esta quinta-feira, 3 de Março, Pedro Soares dos Santos.
"Se eu deitar fora estes alimentos, posso deduzir no IRC, mas se doar a instituições de caridade tenho que pagar", afirmou o presidente e CEO da JM SGPS. "Não percebo", desabafou esta quinta-feira em conferência de imprensa, a "dualidade" de critérios da autoridade tributária.
"Espero que alguém altere" esta política fiscal, adiantou ainda. "Mas se não alterar, não vai mudar a nossa política" de manter a doação de alimentos a IPSS, premiada no ano de 2015.