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Gant volta "para ficar" após trauma da falência da Ricon

A marca de vestuário soma o Fórum Algarve e o NorteShopping aos três primeiros espaços na zona de Lisboa. A multinacional sueca vai prosseguir o relançamento em Portugal com mais seis lojas e uma centena de funcionários.

A loja da Gant no NorteShopping, com uma área de 118 metros quadrados, abriu a 7 de dezembro. DR
António Larguesa alarguesa@negocios.pt 10 de Dezembro de 2019 às 12:26

As aberturas de lojas no Fórum Algarve, a 23 de novembro, e no NorteShopping, a 7 de dezembro, concretizaram o plano de expansão anunciado pela Gant para o ano do regresso ao mercado português, depois da falência do grupo têxtil Ricon com quem a marca de vestuário tinha um acordo exclusivo de distribuição desde os anos 1990.

 

Após o desaparecimento do grupo de Famalicão, incluindo a empresa (Delveste) que detinha a operação de retalho e empregava 200 pessoas, a Gant encerrou as cerca de 20 lojas de vestuário que tinha no país. Depois de abrir um espaço no formato outlet no Freeport de Alcochete, em janeiro de 2019, já tinha inaugurado lojas no Oeiras Parque, em abril, e no lisboeta Centro Comercial Amoreiras, em junho.

 

Confirmando que "veio para ficar", a multinacional encerra o ano com as cinco lojas próprias prometidas na primeira fase do plano de relançamento – além da presença em dois grandes armazéns, como El Corte Inglés e Marques Soares – e anuncia agora, sem divulgar ainda as localizações exatas, que irá investir em mais quatro novas unidades em 2020 e que "estão previstas duas grandes lojas para 2021" no país.

 

Como o Negócios adiantou em fevereiro, a Gant decidiu interromper o modelo adotado há mais de duas décadas e assumir diretamente a gestão da rede comercial em Portugal, através de uma subsidiária da casa-mãe, que passará a ser liderada por Patrik Söderström a partir de fevereiro de 2020 e que tem sede na Suécia. A operação portuguesa passou a integrar o grupo, tal como as estruturas da marca na Suécia, Reino Unido, França, EUA, Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo), Suíça, Áustria e Alemanha.

 

Escritórios no Porto e em Lisboa

 

Com Martin Mattson no cargo de "managing diretor" da Gant Iberia, a equipa portuguesa já tem 70 elementos a tempo inteiro, tendo mudado este ano para um novo escritório e "showroom" no Porto. Em 2020 prevê chegar à centena de funcionários e criar um espaço dedicado à imprensa e um pequeno escritório em Lisboa "para estar mais perto dos clientes", acrescentou numa nota enviada às redações.

 

Com presença comercial no país desde 1992, no início desta década Portugal chegou a ser o melhor mercado internacional para a Gant em termos de vendas per capita, ou seja, em função do número de habitantes do país. Uma posição forte que "começou a cair muito rapidamente" devido à crise no mercado interno e sobretudo às crescentes dificuldades financeiras do anterior parceiro português.

 

Em termos de fornecimento, a marca continua a trabalhar com empresas portuguesas, tendo começado a diversificar os parceiros industriais mesmo antes do desaparecimento da Ricon. Criada em 1949 nos Estados Unidos, a Gant está atualmente presente em mais de 70 mercados através de 750 lojas e quatro mil pontos de venda selecionados.

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