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Covid-19 “pica” portugueses para a compra de gadgets de espionagem
O “marketplace” Insania, que quer ser a Amazon de Portugal, revela que atingiu o pico de vendas de gadgets como gravadores de vozes, amplificadores de som ou canetas de tinta invisível, durante o período de confinamento.
"Os portugueses estão a fazer uso da espionagem como não se conhecia até aqui", concluiu o site português de comércio eletrónico Insania, que revelou esta quarta-feira, 14 de outubro, que "o maior pico" de vendas de produtos para este fim foi atingido durante o confinamento, ou seja, entre março e maio deste ano.
Este "marketplace", que ambiciona ocupar a quota da gigante Amazon em Portugal, dispõe de uma linha direcionada a produtos desta categoria, tendo desde o início do ano até setembro faturado "mais de 250 mil euros só em artigos/gadgets da área", realçou.
"Os produtos mais vendidos são os gravadores de vozes, os amplificadores de som, os localizadores (porta-chaves, GPS), as canetas de tinta invisível, as micro-câmaras e câmaras em miniatura com formato de porta-chaves", detalhou a diretora de marketing do Insania, Filipa Vale, em comunicado.
A empresa de vendas online detalha que, "apesar de solicitados por todas as faixas etárias", o público com maior interesse neste tipo de produtos "tem sido o do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 35 e os 44 anos".
Em temos de despesas, "quem procura esta categoria gasta em média 70 euros e dedica bastante tempo a ler as características e detalhes dos produtos, uma vez que o Insania consegue perceber pelo número de páginas por sessão nos diferentes ‘devices’", explicou a mesma empresa.
Criado em novembro de 2010, a Insania, que fatura cerca de 1,5 milhões de euros, inaugurou em 2018 duas lojas físicas, no Porto e em Lisboa, num investimento que ultrapassou os dois milhões de euros, e pretende abrir uma loja em Espanha no próximo ano.