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Confederação de Serviços quer entrar no Conselho Económico e Social

A Confederação de Serviços de Portugal (CSP) vai candidatar-se ao Conselho Económico e Social (CES) após a eleição pelo Parlamento do novo presidente deste órgão, que sucederá a Luís Filipe Pereira.

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29 de Março de 2016 às 15:44
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A Confederação de Serviços de Portugal (CSP) vai candidatar-se ao Conselho Económico e Social (CES) após a eleição pelo Parlamento do novo presidente deste órgão, que sucederá a Luís Filipe Pereira.

 

"Neste momento, o grande objectivo que se coloca à CSP, que congrega toda uma massa crítica de associações empresariais e organizações, das mais dinâmicas do tecido empresarial, é ter uma voz autorizada no Conselho Económico e Social", disse à Lusa o presidente do CSP, Jorge Jordão.

 

O líder da CSP, que falava, em Lisboa, à margem de uma conferência de imprensa de apresentação da nova direcção e da estratégia da confederação para a concertação social, lembrou que "até agora, a CSP, não tem tido qualquer representatividade no seio do CES".

 

A importância da participação da CSP no Conselho Económico e Social "é fundamental, pois é um órgão que reputamos de altamente influenciador das políticas públicas" do país.

 

A candidatura ao CES vai contribuir para tornar a CSP "num parceiro social cuja voz seja reconhecida na análise e discussão das políticas públicas indispensáveis ao desenvolvimento económico e social do país e com reflexos inevitáveis no seu tecido empresarial", sublinhou ainda o líder da confederação patronal.

 

"O mundo moderno mudou muito e os serviços modernos e o comércio digital não estão representados adequadamente na concertação social. Portugal está na crista da onda do crescimento da economia digital, pois pertencemos aos cinco países da União Europeia que mais rapidamente crescem, acima da média, ao nível da digitalização", referiu.

 

Além disso, "o próprio comércio só está representado de forma parcial na Concertação Social", lembrou, adiantando que nas sociedades modernas é cada vez mais importante "o desenvolvimento do diálogo e da concertação social".

 

Actualmente, a CSP é liderada pela APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (liderada actualmente pelo grupo Jerónimo Martins e vice-presidida pelo grupo Sonae), tendo Jorge Jordão como presidente. A APED não está representada na Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), que já tem assento no Conselho Económico e Social e é parceiro na concertação social.

 

A CSP, que além da distribuição, agrega operadores de telecomunicações, gestores de centros comerciais, empresas de comunicação comercial e de comércio grossista e electrónico, defende representar sectores da economia portuguesa "capazes de gerar mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) português, que envolvem 220.000 empregos directos e cujas associações são responsáveis pela cobrança de um terço da receita global do IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado -, contribuindo também significativamente para a capitalização bolsista".

 

Ao representar o sector terciário, defende a direcção da CSP, a confederação quer colocar na agenda temas transversais ao sector dos serviços, nomeadamente, a economia digital, tornando a concertação social "mais ampla e eficaz", salientou o líder da confederação patronal, citado pela Lusa.

 

Jorge Jordão disse que a CSP defende que a atração e a promoção do investimento exigem "uma continuidade nas políticas públicas, apenas compaginável com períodos de tempo dilatados que transcendem a duração normal dos ciclos políticos [duração normal dos mandatos de órgãos de soberania]".

 

Eleições no CES

O CES é actualmente liderado por Luís Filipe Pereira, que entrou em funções a poucos meses das eleições legislativas, sendo o mandato para aquele órgão externo à Assembleia da República coincidente com cada legislatura.

 

A eleição para o Conselho Económico e Social (CES) tem sido adiada por falta de consenso entre os dois maiores grupos parlamentares, PSD e PS.

 

Com as posteriores formações do segundo Governo PSD/CDS-PP e do actual executivo socialista, a substituição do antigo ministro da Saúde, apesar de o PSD defender a continuidade, foi sendo adiada.

 

A eleição para o CES exige maioria de dois terços dos deputados, forçando assim um acordo entre partidos. Luís Filipe Pereira sucedeu neste órgão constitucional de consulta e concertação social a José Silva Peneda, o qual se tornou conselheiro especial do presidente da Comissão Europeia, o luxemburguês Jean Claude Juncker, em Bruxelas.

 

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