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Comércio abre porta a despedimentos e critica "desprezo" do Governo
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) aconselhou hoje os empresários a reduzir custos laborais, em resposta às dificuldades que resultam da pandemia.
Comércio e serviços ficaram de fora das linhas de crédito anunciadas esta quarta-feira pelo Governo, e a reação da CCP não se fez esperar. A Confederação liderada por Vieira Lopes aponta o dedo ao "profundo desprezo a que foi votado" o setor no âmbito do auxílio público à economia, e afirma que há empresas de comércio e "muitos serviços em risco".
Em comunicado, a CCP refere que não põe em causa a distribuição dos três mil milhões de euros que o Governo vai disponibilizar ao turismo, à restauração e à indústria, mas recorda que "só o setor do comércio representa mais de 700 mil ativos, dos quais meio milhão a trabalhar em micro e PME". Sublinha ainda que "os restantes serviços empregam ainda mais de um milhão de trabalhadores".
Os ministros das Finanças e da Economia revelaram na manhã desta quarta-feira a criação de uma linha de crédito de três mil milhões de euros, que abrange os setores da restauração e similares, turismo e indústria.