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Chineses investem cinco milhões num Terminal na Baixa do Porto

Um grupo de empresários chineses investiu cinco milhões de euros na abertura, esta sexta-feira, da “primeira international store” do Porto. Chama-se Terminal, fica dentro do “shopping” Gran Plaza, na Baixa da cidade, e vai empregar 120 pessoas.

03 de Dezembro de 2015 às 20:00
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O Porto vai ter um mini-"El Corte Inglés", uma dúzia de anos depois de ter empurrado os Grandes Armazéns espanhóis para Gaia. No centro comercial Gran Plaza, situado na Baixa da cidade, abre esta sexta-feira o Terminal, um espaço de quatro mil metros quadrados que corporiza um conceito "idêntico ao de uma loja de aeroporto internacional", com oferta de retalho e de serviços turísticos.

 

"É a primeira ‘international store’ da cidade do Porto", garantiu, ao Negócios, Nuno Zhu, director-geral do Terminal e rosto do grupo de empresários de origem chinesa que decidiu "investir cerca de cinco milhões de euros" neste projecto, que vai gerar "cerca de 120 empregos directos, com a perspectiva de chegar aos 200 até ao final do próximo ano".

 

O Terminal vai ter uma forte componente turística, com a oferta de um conjunto de serviços de aconselhamento turístico, reservas de programas, compras de bilhetes para os transportes urbanos ou de passeio turístico, para espectáculos e concertos.

 

"No fundo, é uma porta de entrada para as actividades e experiências que se podem viver e usufruir neste destino que é o Porto", enfatizou Nuno Zhu, adiantando que o serviço de informação ao turista será assegurado "por uma equipa fluente em várias línguas".

 

Com a pretensão de ser um facilitador "em termos de gestão de tempo e logística" do seu público-alvo, a loja terá espalhados por todo o espaço monitores com informação em tempo real sobre horários das partidas de aviões e do metro do Porto, que tem precisamente uma estação literalmente encostada ao Gran Plaza.

 

Facturação prevista de sete milhões de euros

 

A área da moda irá ocupar cerca de dois mil metros quadrados, metade do espaço do Terminal, com "colecções de moda nacional a preços acessíveis e uma oferta de ‘griffes’ internacionais, como a Versace e a Moschino, marcas que estarão aqui também representadas com malas, carteiras, bolsas e acessórios", detalhou o director-geral da empresa.

 

Haverá também uma "store in store", com uma área de 750 metros quadrados, da cadeia de equipamentos tecnológicos Rádio Popular, a "Ministry of Port", um espaço com exposição e venda de vinhos exclusivos da região do Douro, e um espaço "lounge" com serviço de bar.

 

"E, em breve, uma área ‘last minute’, ao estilo loja de aeroporto internacional, onde os clientes podem comprar chocolates, tabaco, bebidas espirituosas e licorosas, entre outros produtos", revelou Nuno Zhu, de 32 anos, nascido em Portugal e licenciado em Direito, que estima que o Terminal facture "entre seis e sete milhões de euros" no seu primeiro ano de actividade. O retorno do investimento está previsto para "dentro de 10 anos".

 

Um "shopping" de negócios e serviços

 

O Terminal vai funcionar no espaço em tempos ocupado pela Media Markt, que encerrou a loja em Janeiro de 2012 por causa da quebra continuada de facturação.

 

O Gran Plaza, que implicou um investimento de 65 milhões de euros e foi inaugurado em Novembro de 2007, situa-se mesmo em frente ao centro comercial Via Catarina e não pode ser considerado um "shopping" de sucesso.

 

A falta de clientes levou mesmo a administração do Gran Plaza a tomar uma decisão inédita no sector em Portugal. Há quase dois anos, desde 19 de Janeiro de 2014, que este "shopping" fecha aos domingos 11 meses por ano, estando aberto os sete dias da semana só durante o mês de Dezembro.

 

Daí que a administração do Gran Plaza tenha vindo a reposicionar o "shopping" como um centro de negócios e serviços, tendo conseguido, no passado Verão, convencer a Sector Interactivo, que é o principal "service provider" da Nos, a fixar a sua nova sede neste complexo imobiliário, criando mais cerca de 200 postos de trabalho.

 

Para a gestão do Gran Plaza, a chegada da Sector Interactivo significa "a confirmação do acerto da estratégia seguida para este espaço", o qual, enfatiza, "não só se assume como um pólo gerador de emprego, como contribui de forma decisiva para um maior afluxo de pessoas, com todas as implicações que isso terá nas restantes unidades de negócios ali instaladas".

 

No caso da nova loja Terminal, o seu director-geral acredita que, "pela originalidade do conceito, pela oferta de serviço e de retalho, estão garantidas as condições para ter sucesso".

 

E porquê o Gran Plaza? "Porque o espaço que aqui encontrámos foi o ideal pela sua centralidade e proximidade com a estação do metro", explicou Nuno Zhu. "Por outro lado, as características técnicas de dimensões, o acesso directo para o exterior e cais de carga e descarga foram decisivos na escolha do local para o nosso projecto de investimento", concluiu.

 

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