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Bed, Bath & Beyond entra na falência
O BNY Mellon é o maior credor da retalhista, reclamando 1.185 milhões de dólares. Grupo não conseguiu assegurar a sobrevivência financeira.
É oficial. A Bed, Bath & Beyon, conhecida marca norte-americana de artigos para o lar, declarou-se este em insolvência, assumindo já não conseguir cumprir as suas responsabilidades financeiras.
O anúncio foi feito no site da empresa: "Obrigado a todos os nossos clientes fiéis. Tomamos a difícil decisão de começar a desmantelar as nossas operações. As lojas e sites da Bed Bath & Beyond e da Buy Buy Baby manter-se-ão disponíveis para os nossos clientes", lê-se na informação colocada no topo da página.
A empresa deixou ainda uma ligação com todos os detalhes sobre o que implica recorrer ao capítulo 11 da lei de falências dos EUA, com os detalhes específicos sobre o processo de reestruturação que enfrentará.
Em janeiro, a empresa levantou dúvidas sobre sua capacidade de continuar a operar, poucos meses depois de anunciar mais de 500 milhões de dólares em novos financiamentos, bem como cortes de empregos e o encerramento de 150 lojas.
Em fevereiro, a empresa, já em dificuldades financeiras significativas, preparava-se para angariar mil milhão de dólares através de uma operação uma emissão de ações preferenciais e warrants, para evitar a falência.
Certo é que a retalhista acabou por só conseguir levantar 360 milhões de dólares com a complexa proposta de financiamento do acordo, o que ainda a ajudou a saldar alguns dos créditos a vencer e juros de emissões de dívida sénior.
Os credores e a dívida
A empresa calcula que no final de novembro tinha ativos no valor de 4.401 milhões de dólares (cerca de 4.000 milhões de euros) e uma dívida total de 5.200 milhões de dólares, segundo a documentação apresentada aos tribunais de Nova Jersey.
O número de credores varia de 25.001 a 50.000. O maior credor é o BNY Mellon que reclama 1.185 milhões de dólares, bem atrás do Personalization Mall, com 11 milhões.
Um total de 73 empresas reclamaram créditos no processo de insolvência da Bed, Bath & Beyond. A administradora financeira da empresa, Holly Etlin, assumirá o papel de responsável pela reestruturação e administração da falência.
A empresa ainda chegou a receber uma proposta de resgate do fundo Hudson Bay Capital Management, que aportaria 1.000 milhões em financiamento, mas o acordo acabou por não se concretizar e a Bed, Bath & Beyond, depois das muitas tentativas de assegurar a viabilidade financeira, acabou por comunicar este domingo o sua insolvência.