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Ex-"meme stock" Bed Bath & Beyond pode estar prestes a fechar portas
As contas e as ações da empresa de produtos para a casa continuam a cair a pique. Perante este cenário, todas as hipóteses estão em cima da mesa, inclusive accionar a lei de insolvências nos EUA.
A Bed Bath & Beyond, a empresa de decoração que chegou a ser uma casa de renome neste setor nos EUA, pode estar prestes a fechar portas. A companhia anunciou esta quinta-feira que está a explorar todas as opções, incluindo um possível arranque de um pedido de insolvência.
No documento enviado ao regulador financeiro e citado pela Reuters, a empresa fundada na década de 1970 por Warren Eisenberg e Leonard Feinstein não deixa de lado a possibilidade de pedir proteção contra credores, ao abrigo da lei de insolvências nos EUA, mas também está a considerar a possibilidade de um novo financiamento para saldar as dívidas e salvar a queda em bolsa.
O contexto macroeconómico aliado à estratégia falhada de vender marcas próprias de produtos para a casa levou as contas da empresa e, consequentemente, as ações em bolsa a registarem uma queda expressiva.
"O nosso desempenho financeiro sofreu com o impacto negativo provocado pelas restrições de 'stock', à medida que realizamos parcerias com os nossos fornecedores para enfrentar os desafios macro e microeconómicos", explicou a CEO da marca, Sue Gove no documento enviado ao regulador.
Para salvar a empresa da catástrofe, a empresa estava a apelar aos acionistas que trocassem os títulos por subscrição de dívida, de forma dar fôlego à contabilidade da empresa, mas acabou por cancelar o acordo esta quinta-feira.
Além disso, mais recentemente, a companhia assinou um empréstimo de 375 milhões milhões de dólares, o montante máximo que podia ser concedido à empresa.
No ano passado, a Bed Bath & Beyond foi protagonista de um novo movimento de "meme stocks", tendo os títulos chegado a escalar 400% em bolsa.
Depois de uma onda pesada de "short-selling", com os investidores a apostar em massa na queda dos títulos da empresa, as ações foram alvo de "shortsqueeze", ou seja a compra em massa de ações que estão na mira das posições a descoberto.
Este movimento foi desencadeado por Ryan Cohen, o presidente da GameStop, que após anunciar um reforço no capital da empresa de produtos para a casa, acabou por gerar uma corrida às ações da Bed Bath & Beyond, que rapidamente acabou, assim que Ryan Cohen as voltou a vender.
Durante a sessão desta quinta-feira, as ações já seguem a reagir em baixa a este anúncio, estando a tombar 23,81% para 1,84 dólares por título. Durante o ano passado, a Bed Bath & Beyond perdeu 82,78% em bolsa.