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Venda de 41% da ex-Qimonda com impacto marginal no Novo Banco

A Nanium foi alienada ao grupo americano Amkor. O Novo Banco não revela o encaixe nos resultados mas admite um impacto "neutro a positivo" no rácio. O BCP não faz comentários.

Miguel Baltazar/Negócios
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A venda da participação que o Novo Banco herdou na antiga Qimonda, a Nanium, tem um impacto marginal na sua solidez, segundo antecipa a instituição financeira liderada por António Ramalho.

 

"Esta transacção terá um impacto neutro a positivo no rácio de capital Common Equity Tier I do Novo Banco", indica o comunicado emitido através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Essa era já a expectativa do banco para o rácio que mede o peso dos fundos de melhor qualidade quando, em Fevereiro, revelou o acordo de compra e venda da Nanium. O banco não indica, no entanto, o encaixe.

 

O Novo Banco tinha 41% da participação social da Nanium, uma posição idêntica à que estava nas mãos do BCP. Os restantes 18% pertenciam ao Estado através da AICEP. A Nanium, que opera no fornecimento para o ramo de semicondutores, é a antiga Qimonda, tendo esta participação accionista resultado da recuperação da empresa, a única que se salvou após a falência do grupo alemão. O comprador de todas estas posições na Nanium é o grupo americano Amkor. 

 

De acordo com o banco herdeiro do BES, "esta transacção representa mais um importante passo no processo de desinvestimento de activos não estratégicos do Novo Banco, prosseguindo este a sua estratégia de foco no negócio bancário doméstico".

Ao contrário do Novo Banco, o Banco Comercial Português - que também se desfez da sua participação - recusou-se a fazer comentários sobre esta operação quando contactado pelo Negócios. 

 

Ontem, o Novo Banco anunciou a venda de 75% do Novo Banco Ásia num acordo de 145,8 milhões de euros, tendo também fechado um acordo para a venda dos activos e passivos da sucursal venezuelana. Este ano, também a Ascendi foi já alienada.

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