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Unicredit volta a reforçar posição no Commerzbank para 28%

O CEO da instituição financeira italiana continua com os seus planos de comprar a totalidade do banco alemão e voltou a reforçar a posição do Unicredit sobre o Commerzbank através de contratos de derivados.

Governo alemão anunciou que não pretende abrir mão de mais capital do Commerzbank.
Kai Pfaffenbach/Reuters
18 de Dezembro de 2024 às 11:05
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O Unicredit voltou a aumentar a sua posição no Commerzbank e já detém 28% da instituição financeira alemã. O movimento foi anunciado esta quarta-feira pelo banco italiano liderado por Andrea Orcel, com o reforço da posição a ser feito através da assinatura de contratos de derivados com as ações do banco alemão.

A participação do Unicredit no Commerzbank consiste, agora, em 9,5% de propriedade direta dos títulos do banco e cerca de 18,5% em instrumentos financeiros, com o banco italiano a querer reforçar ainda mais a sua posição. De acordo com a instituição financeira, o processo regulatório para conseguir a permissão para deter até 29,9% do Commerzbank já foi iniciado e, caso seja aprovado, o banco italiano vai poder converter a sua participação através de instrumentos financeiros em propriedade direta.

O Unicredit tem reforçado, ao longo dos últimos meses, a participação na instituição financeira alemã, mesmo contra a vontade do Executivo de Olaf Scholz. Com a Alemanha a preparar-se para novas eleições em finais de fevereiro, Andrea Orcel pode ver as suas probabilidades de conseguir comprar a totalidade do Commerzbank crescer, caso o resultado leve à criação de um governo mais favorável aos seus planos.

De acordo com o que fontes próximas ao processo indicaram à Bloomberg, Orcel está mesmo à espera do resultado eleitoral para decidir se avança ou não com uma aquisição total do banco, preparando-se para discutir os benefícios de uma fusão com o novo executivo. Uma viragem de capítulo na política alemã poderia ser benéfica para Orcel, uma vez que a forma como o CEO iniciou a entrada no Commerzbank foi encarada como uma jogada pouco transparente por parte do Governo de coligação de Olaf Scholz.

Na altura, o Ministério das Finanças alemão anunciou mesmo que não iria vender mais ações da instituição à Unicredit, mas o banco italiano tem conseguido reforçar a sua posição através da aquisição de instrumentos financeiros. Uma fusão dos dois bancos pode criar um novo colosso da banca e tornar-se o primeiro grande negócio bancário transfronteiriço desde que a crise financeira de 2008 eclodiu. O movimento também pode tornar-se um catalisador para uma maior consolidação do setor bancário europeu.

No rescaldo deste reforço de posição, a instituição financeira alemã está a valorizar quase 3% para 15,83 euros, enquanto o banco italiano avança 1,60% para 38,81 euros. Desde que o Unicredit revelou uma participação inicial no Commerzbank, em inícios de setembro, o banco alemão já cresceu quase 26% em bolsa. Já o Unicredit valorizou perto de 5%. 

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