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Trabalhadores do Novo Banco lamentam “ser o alvo da fúria e da ira dos lesados” do BES

Os trabalhadores do Novo Banco lamentam estarem a “ser o alvo da fúria e da ira dos lesados” do BES, num dia em que os clientes com papel comercial do GES e os emigrantes se manifestaram em Lisboa. A comissão de trabalhadores responsabiliza “Governo, governador do Banco Portugal, Fundo de Resolução e o BCE” pela “descredibilização da instituição”.

Ricardo Almeida/Correio da Manhã
27 de Agosto de 2015 às 16:14
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A comissão de trabalhadores (CT) do Novo Banco "lamenta" que colaboradores da instituição "continuem a ser o alvo da fúria e da ira dos lesados do papel comercial e dos emigrantes", num comunicado enviado às redacções no mesmo dia em que a Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial do Grupo Espírito Santo e o Movimento dos Emigrantes Lesados (MEL) se manifestaram em Lisboa reclamando o reembolso das suas aplicações.

 

Os protestos começaram no Ministério das Finanças, junto à Praça do Comércio, e às 12h30 concentravam-se à porta das instalações do Novo Banco na Avenida Almirante Reis, obrigando mesmo ao corte de trânsito nesta via, segundo relatou a Lusa. De seguida, os manifestantes dirigiram-se à sede do banco de transição, na Avenida da Liberdade, onde chegou a haver momentos de tensão entre os lesados e agentes da polícia.

 

Para a CT do Novo Banco, "os verdadeiros culpados não estão a ser alvo das manifestações e demonstração de desagrado por parte dos lesados". A estrutura recorda ainda que os "trabalhadores do Novo Banco estão a ser alvo de ameaças físicas e verbais, esquecendo-se os lesados e as autoridades deste País que eles também têm família e que também foram lesados em muitas situações".

 

Os representantes dos quadros do banco de transição apontam ainda o dedo às autoridades portuguesas e europeias. "Responsabilizamos o Governo, o governador do Banco Portugal, o Fundo de Resolução e o BCE por estarem a permitir a contínua descredibilização de uma instituição e do seu bem mais precioso que são os seus trabalhadores, pondo em risco o futuro de milhares de pessoas", sublinha a mesma nota, em que se lamenta ainda "a morosidade e a passividade das autoridades máximas deste País, na resolução destes problemas, aos quais os trabalhadores do Novo Banco são completamente alheios".

 

A estrutura aproveita ainda para criticar "a sobranceria do governador do Banco de Portugal em continuar a não querer receber a Comissão Nacional de Trabalhadores, legítima representante de todos os trabalhadores do Novo Banco, apesar dos pedidos de audiência já solicitados em Junho e Agosto".

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