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Suíça corta bónus da administração do Credit Suisse

Governo helvético anunciou corte da totalidade dos bónus da comissão executiva relativos a 2022. Corte será de 50% no nível abaixo e de 25% nas equipas do terceiro patamar.

Edgar Su / Reuters
05 de Abril de 2023 às 17:17
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A comissão executiva do Credit Suisse não vai receber prémios relativos ao exercício de 2022, anunciou o Governo suíço. Em comunicado, o executivo helvético anunciou cortes nos três níveis de topo da administração da instituição financeira comprada pelo UBS.

"O Conselho Federal instruiu o Departamento Federal de Finanças a cancelar ou reduzir em 50% ou 25% todas as remunerações variáveis pendentes para os três principais níveis de administração do Credit Suisse", escreve o Governo.

A abordagem diferenciada "leva em conta a responsabilidade dos gerentes mais seniores pela situação do Credit Suisse" e vai afetar "cerca de 1.000 funcionários, que serão privados de um total de aproximadamente 50 a 60 milhões de francos suíços [valores semelhantes em euros]", avança o ministério helvético das Finanças.

O documento acrescenta que "o banco também deve examinar se a remuneração variável já paga pode ser recuperada e informar o FDF [Ministério das Finanças] e a FINMA [supervisor financeiro] sobre o assunto".

O UBS fica "obrigado a garantir que seu sistema de remuneração continue a considerar adequadamente a consciência de risco e inclua como critério a realização bem-sucedida, ou seja, a mais lucrativa possível, dos ativos do Credit Suisse cobertos pela garantia de perdas do Estado".

Essa obrigação inclui a "não utilização da garantia federal como critério no seu sistema de remuneração para os responsáveis pela realização dos ativos do Credit Suisse cobertos pela garantia de perdas do estado". Com isso, explica o ministério, "pretende-se incentivar a obtenção da realização o mais rentável possível desses ativos".

Em 19 de março de 2023, as autoridades suíças aprovaram um resgate ao Credit Suisse, na forma de compra pelo rival UBS.

O pacote inclui garantias públicas de assistência de liquidez por parte do banco central no valor de 100 mil milhões de francos suíços (101 mil milhões de euros), e para proteção contra perdas incorridas pelo UBS na venda de ativos do Credit Suisse, no valor de 9 mil milhões (valor semelhante na moeda europeia). O banco central disponibilizou outros 100 mil milhões de empréstimo de emergência.
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