Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Stock da Cunha: "Havia alguma informalidade" nas práticas de crédito do BES

O presidente do Novo Banco considera que "havia alguma informalidade" nas práticas de crédito do BES e que estão a ser mudadas na instituição de transição. Além das mudanças já realizadas, o banco vai criar um comité de produto para que toda a oferta comercial passe a respeitar as melhores práticas.

Negócios 10 de Fevereiro de 2015 às 13:45
  • 1
  • ...

"Havia alguma informalidade" nas práticas de crédito do BES, admitiu Eduardo Stock da Cunha no parlamento. Daí que uma das suas prioridades tenha sido introduzir melhorias a este nível.

 

"É uma das questões que justificou os problemas do antigo BES. Estamos a alterar algumas práticas de gestão", revelou, especificando: "Criámos o departamento de crédito que não existia. Estava misturado com as áreas comerciais; alterámos o nível de aprovações nas comissões de crédito".

 

Por outro lado, a nível da área financeira, adiantou que passou agora a haver "uma separação exacta entre contratação, contabilização e as confirmações (de operações) são feitas no back office. Passou a haver segregação de funções, como deveria haver, e que (antes) estavam todas debaixo do mesmo chapéu-de-chuva. Agora há maior segregação das áreas comerciais e de risco", revelou o presidente do Novo Banco.

 

Ainda sobre a forma de funcionamento do BES, Stock da Cunha reconheceu que "um banco que tem um nível de crédito vencido importante merecia melhores práticas de crédito".

 

Também em termos de comercialização de produtos, a forma de o banco funcionar mudou. "Na sexta-feira vamos reunir o primeiro comité de produtos que vai analisar qualquer produto que vai ser vendido e em que têm de estar presentes as áreas de ‘compliance’, risco, informática e comercial. É um fórum alargado", explicou.

 

O banqueiro reconheceu que "a ética bancária andou menos bem nos últimos anos", mas considera que o actual enquadramento legal é suficiente para evitar novos problemas. "Penso que o actual quadro legal é suficiente para evitar novas situações no futuro. O que não quer dizer que daqui a uma geração não relaxemos todos e se dê azo a que volte a acontecer", admitiu. 

Ver comentários
Saber mais BES Eduardo Stock da Cunha Novo Banco
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio