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Sindicatos recusam aumentos salariais de 0,6% no BCP e apresentam propostas
Os sindicatos pretendem um acordo por dois anos com aumentos em linha com o inscrito no ACT ou, em alternativa, um aumento mínimo fixo.
O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) e o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) recusaram a proposta de aumentos salariais apresentada pelo banco, que passava por uma atualização de 0,6%.
Em comunicado, o SBSI e o SBC relatam que na reunião que decorreu a 21 de junho "reiteraram a necessidade de haver aumentos salariais para ativos e reformados" do BCP, sendo que o banco disse "não ser possível ir além de 0,6%".
Segundo a mesma fonte, os sindicatos "deixaram claro" que "não é aceitável" um aumento de 0,6%, pelo que apresentaram duas propostas alternativas.
A primeira contempla "um acordo para dois anos (…) com aumentos salariais para 2019 e 2020", em linha com a proposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do setor bancário, além de um aumento do subsídio de refeição para dez euros.
A segunda proposta passa por um "valor mínimo fixo de aumento" de salários, cujo montante não foi revelado. Segundo os sindicatos, a administração do BCP "mostrou disponibilidade para analisar ambas as propostas, ficando de calcular o impacto e consequentemente a viabilidade" destas duas propostas.
Na mesma reunião a administração do banco liderado por Miguel Maya adiantou aos sindicatos que o pagamento de parte dos salários cortados em anos anteriores iria ser efetuado este mês.
O BCP reservou 12 milhões de euros dos lucros de 2018 para proceder a este pagamento, que teve o acordo do SBSI, sindicato liderado por Rui Riso.
Entre 2014 e julho de 2017 os trabalhadores do BCP com remunerações acima de 1.000 euros brutos mensais ficaram com os salários cortados (entre 3% e 11%), no âmbito da reestruturação do banco acordada com Bruxelas que se seguiu à ajuda estatal, com fecho de balcões e a saída de milhares de trabalhadores num programa de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo.