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RBS regista oitavo prejuízo anual consecutivo. Acções caem 10%

O banco estatal britânico apresentou um prejuízo de quase 2 mil milhões de libras, equivalente a 2,5 mil milhões de euros. É uma melhoria em relação a 2014. Mas ainda há incertezas legais e as consequências do referendo. As acções registam a maior queda desde 2012

RBS, 14 mil postos de trabalho. O Royal Bank of Scotland é outra das instituições que reduziu o peso das suas unidades de negociação, determinado a focar-se mais no mercado britânico. Como consequência desta estratégia, o banco anunciou que vai eliminar 14 mil empregos.
26 de Fevereiro de 2016 às 07:47
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O Royal Bank of Scotland registou, em 2015, o oitavo ano consecutivo de perdas. O número é melhor do que o apresentado no ano passado. Ainda assim, em termos operacionais, as contas ficaram aquém do esperado, levando a uma queda acentuada das acções em bolsa.

É preciso recuar até 2007 para encontrar um resultado anual positivo na instituição financeira sediada em Edimburgo. Nessa altura, houve um lucro de 6,8 mil milhões de libras. Desde aí, apenas perdas. Em 2015, o prejuízo ascendeu a 1,98 mil milhões de libras, 2,5 mil milhões de euros, ao câmbio actual. É mesmo que os 3,37 mil milhões de libras d ano anterior, mas as acções estão a afundar. Chegaram a cair 11,4%, a maior queda desde 2012, seguindo a perder 10% para 219,6 pences de libra.

 

A pesar nos resultados estiveram, segundo explica o banco detido pelo Estado em 73% em comunicado, os custos de reestruturação mas sobretudo de litigância. O presidente executivo Ross McEwan justifica que "foram tomados passos adicionais [no aumento deste tipo de encargos] para limpar obstáculos do caminho do Royal Bank of Scotland até à sua normalização".

 

Antes do impacto destes custos, o resultado operacional foi positivo, na ordem dos 4,41 mil milhões de libras, que, ainda assim, ficou abaixo do antecipado pelos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para 4,45 mil milhões. Contudo, o banco estatal já tinha avisado em Janeiro que iria sentir o impacto dos custos de litigância.

 

Assim, os custos da instituição financeira resgatada pelo Estado em 2008 subiram num ano em que a margem financeira (base do negócio bancário, que resulta da diferença entre os juros cobrados em créditos e os juros pagos em depósitos) deslizou.

 

Na sua nota no relatório e contas, o presidente executivo do banco deixa ainda avisos de que há uma "série de incertezas no ambiente externo, incluindo aqueles causados pelo referendo à permanência do Reino Unido na União Europeia". Mas não só.

 

"Vamos ter também de lidar com as investigações e litigância relacionadas com a nossa conduta, incluindo os activos garantidos por hipotecas residenciais nos Estados Unidos, por todo o ano de 2016, e podem ainda ser reconhecidos aumentos substanciais das provisões durante este ano", alertou Ross McEwan.

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