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Repetentes querem Comporta mas outros investidores ainda se podem juntar à corrida

Os três candidatos à compra dos principais activos imobiliários da Comporta aceitam, à partida, não contestar o primeiro procedimento de venda. Vão agora ao novo processo, a que se podem juntar outros nomes. O prazo é apertado: 20 de Setembro.

Rui Minderico/Correio da Manhã
24 de Agosto de 2018 às 15:31
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A corrida pela Herdade da Comporta continua. Ou melhor, continua a corrida pelos dois principais activos imobiliários daquele empreendimento. Os três candidatos à compra que foram ao anterior procedimento - que foi abortado -alistam-se para o novo processo de venda que está em curso. Mas a Deloitte está a gerir um dossiê a que se podem juntar outros nomes.

 

A auditora foi escolhida, conforme o Negócios noticiou, para liderar o processo formal de alienação dos dois activos imobiliários da Comporta, que pertencem ao fundo especial de investimento imobiliário fechado da herdade.

 

Nesse processo, a Deloitte tem estado em contactos com os investidores que estiveram no anterior procedimento (que não foi uma venda formal, já que se materializou apenas na recepção de ofertas por iniciativa própria), mas também há possibilidade de outros interessados se colocarem na corrida.

 

Para que os consórcios que lançaram ofertas no anterior processo fossem aceites precisavam de assinar, além do acordo de confidencialidade, um contrato em que assumiam que não iriam promover qualquer tipo de litigância relativamente ao processo que terminou na assembleia-geral de dia 27 de Julho.

 

O Jornal Económico escreve que os consórcios aceitaram a condição imposta pela Gesfimo, a sociedade gestora do fundo imobiliário, para a venda dos activos imobiliários. Os três interessados à compra eram a Portugália/Sabina Estates/Oakvest, a Amorim Luxury/Port Noir/Vangard Propertis e ainda o príncipe francês Louis-Albert de Broglie. A excepção, adiantou o jornal, foi a Oakvest que não assinou já aquela condição. Contudo, o Eco adianta que houve um pedido deste fundo para estender o prazo de assinatura.

 

Sejam os antigos ou novos investidores, a intenção é a de que o processo possa mesmo ficar fechado até 20 de Setembro, para que haja uma decisão pela assembleia-geral de participantes do fundo dia 28. Aí será feita uma recomendação à Gesfimo. Esta sociedade, que pertence à Espírito Santo Property, por sua vez detida pela insolvente Rioforte, é a responsável por decidir o vencedor. 

 

A avaliação dos dois activos imobiliários ascende a 202 milhões de euros, 68 milhões para o localizado em Grândola, que carece de desenvolvimento das infra-estruturas e que tem licenças caducadas, e a maioria do valor para o terreno de Alcácer do Sal, este já com infra-estruturas montadas e com licenças prolongadas. As propostas no anterior processo ficaram aquém dos 160 milhões de euros. 

Só que a decisão tem de ser rápida tendo em conta a situação patrimonial deficitária do fundo e a dívida do fundo à CGD, que ascende já, contabilizando juros, a 120 milhões de euros. O banco público tem também, por isso, uma palavra determinante no futuro dos activos imobiliários da Comporta - aliás, em Julho, saudou o adiamento do processo de venda.

Sem venda destes activos, o fundo imobiliário arrisca a sua insolvência.

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