Notícia
Reino Unido sai totalmente do Lloyds
O que faltava vender no banco liderado por António Horta Osório foi esta terça-feira alienado, refere o FT. A operação deverá ser anunciada amanhã e o erário público pode ter encaixado quase 600 milhões com a transacção.
O Tesouro do Reino Unido vendeu esta terça-feira, 16 de Maio, o que restava da sua posição no banco Lloyds, instituição que resgatou com 20,3 milhões de libras injectadas em 2009, avança o Financial Times.
A operação põe um ponto final na presença do Estado - que chegou a ter 43,4% do banco - e deverá ser anunciada esta quarta-feira de manhã, referem várias fontes do sector bancário. O Lloyds não quis comentar a notícia do jornal britânico.
Na semana passada, o presidente do banco, o português António Horta-Osório, calculava que as vendas realizadas pelo Estado deveriam permitir ao Tesouro britânico encaixar cerca de 500 milhões de libras (590 milhões de euros à cotação actual) líquidos em relação ao valor injectado.
"Temos muito orgulho no facto de o Governo ter recebido mais do que os 20,3 mil milhões de libras que colocou [no banco]. Estamos a dias de um grande marco", disse o presidente executivo do banco, citado pela Bloomberg, referindo-se aos menos de 1% (0,25% concretamente) da participação pública que ainda faltavam alienar.
Há menos de um mês, a 21 de Abril, o Tesouro britânico anunciou a recuperação dos 20,3 mil milhões de libras injectados. Nessa altura, ainda tinha ainda em mãos 1,4% das acções.
Estado sai ao fim de quase uma década
A venda das participações estatais no Lloyds começou em Setembro de 2013 e foi retomada em Outubro passado com o objectivo de concluir, no espaço de 12 meses, a venda da participação de 9,1% que o Estado então detinha. Ao fim de seis meses, já se desfez de quase tudo o que tinha em As acções do Lloyds fecharam o dia a subir 1,32% em Londres, para 0,70 libras. O governo britânico pagou 0,736 libras por acção no resgate, recorda o Financial Times.