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Presidente do BCP preocupado com contas gratuitas obrigatórias

A esquerda aprovou a existência de contas base sem comissões de manutenção. O BCP diz que vai cumprir. Mas ataca a decisão por não se ter ponderado o efeito que pode ter na economia nacional.

Sara Matos
01 de Fevereiro de 2016 às 18:10
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O presidente do Banco Comercial Português (BCP), Nuno Amado, diz que a banca tem de se "preocupar" com a aprovação de contas gratuitas obrigatórias pelos bancos.

 

"Deve ser ponderado o efeito que pode ter na economia e no país", disse o líder do BCP na conferência de imprensa em que apresentou lucros de 235,3 milhões de euros em 2015.

 

No arranque de 2015, foram aprovadas contas base gratuitas para os bancos, com o PS a juntar-se ao PCP, BE e PEV. Mas, para Nuno Amado, "não há nenhum português que não possa ter acesso a um banco ou a outro". Daí que diga que não faz sentido condicionar a concorrência num mercado que já é "muito concorrencial". Além disso, o banco público Caixa Geral de Depósitos pode ter uma estratégia mais agressiva, diz o próprio.

 

Nuno Amado acrescentou ainda que poderá haver impactos negativos nos resultados "do banco e da banca", dado que a actividade doméstica tem tido lucros "negativos ou ligeiramente positivos". O CEO do BCP acredita que pode haver um "conjunto de medidas que vão na direcção errada, de mais estatização, de menos concorrência". "Este equilíbrio deve ser ponderado e defensor da concorrência", conclui. 

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