"Depois da concretização da fusão em Angola, prevista para o final do primeiro trimestre, vamos fazer uma primeira análise para um primeiro pagamento" dos 750 milhões de euros de ajuda estatal de que o BCP ainda beneficia, revelou Nuno Amado.

Em aberto ficou assim a possibilidade de o banco liquidar parte daquele valor em Abril.

O banqueiro confirmou que o banco "tem a intenção de reembolsar todo o valor em falta este ano".

Caso este calendário se confirme, e como ficou acordado com a Comissão Europeia, o BCP avançará em Janeiro do próximo ano com a reposição dos cortes salariais temporários negociados com os trabalhadores para fazer face às exigências de Bruxelas, confirmou Nuno Amado.

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados referentes a 2015, Nuno Amado explicou, também, que pelo facto de ainda ter ajuda pública para reembolsar impediu o banco de ir ao Banif e vai impedir também de concorrer ao Novo Banco. "Neste momento", o BCP não pode ir à corrida do Novo Banco. Mas disse acreditar que o melhor seria uma instituição financeira presente em Portugal oferecer o melhor preço pela instituição que resultou da resolução do Novo Banco.