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Perdas com accionistas do Banif prejudicam resultados do BCP

O BCP teve perdas no quarto trimestre de 2014, que impediram um maior lucro anual. A cobertura de possíveis perdas com accionistas do Banif teve impacto nesse resultado.

01 de Fevereiro de 2016 às 19:04
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Apesar dos lucros anuais de 235,3 milhões de euros, o Banco Comercial Português teve um quarto trimestre negativo. Foi registado um resultado líquido negativo de 29,2 milhões de euros, num comportamento que a instituição atribui a diversos factores. Um deles é o Banif.

 

Questionado, o vice-presidente do banco, Miguel Maya, não quis quantificar mas disse apenas que o valor do impacto não é muito relevantes. O que está em causa é a constituição de mais imparidades (dinheiro colocado de lado e dado como perdido para cobrir custos futuros). Imparidades que serviram para cobrir créditos "de um ou outro cliente com quem temos relação, que tinham exposição ao Banif", explicou.

"Como o que aconteceu [resolução do Banif] tinha implicações nos seus ‘cash flows’ [fluxos], por prudência, fizemos a constituição [da imparidade]", explicou.

 

Miguel Maya não especificou quem eram os clientes, mas admitiu que "eram accionistas do Banif", além de terem "outros negócios". "O que fizemos foi, por prudência, cobrir [os créditos]", repetiu.

 

Entre Outubro e Dezembro, o BCP teve perdas de 29,2 milhões de euros, o que não impediu o lucro anual de 235,3 milhões em 2015. Ainda assim o valor ficou aquém do esperado pelo CaixaBI. O presidente executivo do banco, Nuno Amado, considerou que se deveu a factores extraordinários, entre os quais o Banif.

 

Outros dos indicadores apontados pelo CEO do BCP é relativo aos encargos na Polónia, onde está presente através do Bank Millennium, que perdeu 16% do resultado. O banco diz que foram efeitos extraordinários, como a falência do SK Bank e uma multa da autoridade da concorrência polaca, relativa a factos de 2006.

 

Mas também há uma nova contribuição para o fundo único de resolução, europeu, que pesou 22 milhões de euros líquidos, e que se junta ao encargo que tem com o fundo de resolução português, que ainda permanece em funcionamento para assegurar as intervenções no BES/Novo Banco e Banif.

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