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Presidente da Eurofin não estava nas mais de 100 pessoas do inquérito ao BES mas PS quer chamá-lo

A Eurofin tem estado no centro das audições da comissão de inquérito ao BES pelo seu papel nas operações que causaram prejuízos de 1,2 mil milhões no banco. Alexandre Cadosch, que defende que não sabia de tudo o que se passava, é chamado ao inquérito ao BES.

Miguel Baltazar
11 de Dezembro de 2014 às 15:27
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Alexandre Cadosch é o presidente da Eurofin Securities, a entidade que teve um papel de intermediário em operações que causaram prejuízos ao BES. Não constava da lista de mais de 100 personalidades convocadas para prestar declarações na comissão de inquérito à gestão do BES e do GES. Mas é agora chamado.

 

O Partido Socialista entregou um requerimento, enviado ao presidente da comissão Fernando Negrão, para chamar Cadosch, antigo colaborador do Grupo Espírito Santo que se "emancipou" e criou a sua própria empresa, a Eurofin.

 

Este intermediário financeiro é um tema que tem sido recorrente nas várias audições do inquérito. Ricardo Salgado defende que se tenta confundir aquela empresa suíça com o GES e o BES mas garante que é "independente", com várias actividades. José Maria Ricciardi, por sua vez, defende que essa independência face ao GES não é assim tão certa.

 

O que é certo é, de acordo com as declarações dosa responsáveis de supervisão, que a Eurofin teve um papel de intermediário nas operações de emissão de obrigações que foram revendidas a clientes do BES e que causaram perdas para o banco (e ganhos para terceiras entidades). As perdas foram de 1,2 mil milhões de euros e contribuíram para o prejuízo de 3.577 milhões que o BES teve no primeiro semestre de 2014, levando-o a ser alvo de uma medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal e que ditou o seu fim.

 

Cadosch deu uma entrevista, a 4 de Dezembro, ao jornal Público onde afirmou que a Eurofin "nunca" teve a "fotografia completa do que se passava no GES e no BES", acrescentando que toda a situação era "complexa".

 

Para efectivamente ser ouvido, o nome deste antigo funcionário do grupo tem de ser aprovado pela maioria dos grupos parlamentares que estão na comissão de inquérito.

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