Notícia
PGR confirma investigação à Caixa
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a existência de um inquérito "onde se investigam factos relacionados com a Caixa Geral de Depósitos (CGD)", sem precisar qual o período abrangido.
Segundo informações avançadas pela imprensa na sexta-feira, o inquérito terá sido aberto por suspeitas de prática de gestão danosa entre os anos de 2000 a 2015. O jornal Correio da Manhã noticiou que a investigação foi iniciada no princípio do ano, citando um ofício da PGR enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à CGD, que terá dado entrada na Assembleia da República a 15 de Setembro passado, comunicando "a investigação do eventual crime de administração danosa".
A CPI está a avaliar a gestão do banco entre 2000 e 2015, período durante o qual passaram pela administração figuras como António de Sousa, Luís Mira Amaral, Vítor Martins, Carlos Santos Ferreira, Armando Vara, Fernando Faria de Oliveira e José de Matos.
O Correio da Manhã refere que estão a ser analisadas as razões que justificam a necessidade de recapitalização pública da CGD e que deverão ser passados "a pente fino os empréstimos que estão em risco de incumprimento". O banco possui 2,3 mil milhões de euros em risco por empréstimos concedidos sem garantias.
A comissão parlamentar de inquérito à CGD vai retomar as audições na próxima terça-feira, ouvindo o novo presidente do banco público, António Domingues, depois de o CDS usar o direito potestativo para impor esta presença.
O actual presidente executivo do banco público vai assim protagonizar a quarta audição depois dos depoimentos já prestados pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e pelo seu antecessor, José de Matos.
Esta será a primeira vez que António Domingues vai falar publicamente desde que abandonou a vice-presidência do BPI e assumiu a presidência do conselho de administração da CGD.