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Paulo Macedo: "Não seria afastar o Governador que ajudaria à estabilidade"

Paulo Macedo não vê surpresa na sugestão de António Costa que propôs o nome de Mário Centeno para o substituir à frente do Governo, mas alerta que isso poderia trazer instabilidade adicional ao sistema financeiro.

José Gageiro
10 de Novembro de 2023 às 17:47
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O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos avisa que a hipótese de Mário Centeno assumir a chefia do Governo - um cenário levantado pelo ainda primeiro-ministro António Costa mas rejeitada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa - não seria positiva para o país.

"De certeza que não é afastar o governador do Banco de Portugal que ajudaria à estabilidade do país", afirmou Paulo Macedo na apresentação de resultados do banco público nos primeiros nove meses do ano. 

O CEO da instituição financeira não foi, no entanto, surpreendido com a sugestão. "Não me parece que uma pessoa competente e séria disponibilizar-se para prestar serviços ao país seja uma surpresa", complementou.

Paulo Macedo recusou entrar em comentários mais aprofundados. "Não vou entrar em questões políticas", disse, lembrando que "todos os atores políticos disseram que eram acontecimentos negativos". 

Ainda assim, o CEO da Caixa manifestou satisfação com o cenário de aprovação do Orçamento do Estado, dado que essa luz verde "dá alguma perspetiva de maior certeza independentemente do novo governo poder apresentar um orçamento retificativo". 

Macedo sublinhou também que se verificou "uma apreciação negativa em termos internacionais", e destacou que isso "quer dizer que em termos económicos Portugal fica mais debaixo de foco e que aspetos como a dívida ou o défice ou ligeiro superavit passam a ser alvo de maior atenção".

"A isto acresce a importância de um setor financeiro estável e robusto", atirou, destacando a importância da continuidade de alguns dossiers, dizendo que "apesar de estamos num governo que vai ter limitações, convém que coisas tão importantes como a execução do PRR e outras possam continuar a ser desenvolvidas e não haja desculpa para que fiquemos 4 ou cinco meses à espera e adiar todas as decisões".
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