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Novo Banco flexibiliza balanço com novo programa de obrigações hipotecárias

Foram canceladas obrigações hipotecárias de 3 mil milhões por parte do Novo Banco, que, entretanto, lançou um novo programa de 3,7 mil milhões. Os prazos das obrigações são mais extensos, o que facilita o pagamento da dívida.

Bruno Simão/Negócios
07 de Outubro de 2015 às 20:12
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O Novo Banco deu um novo passo para flexibilizar o seu balanço: para isso, cancelou obrigações hipotecárias e lançou um novo programa com esses títulos. Os prazos para o pagamento da dívida são mais extensos e o banco fica com mais activos para utilizar como colaterais junto do Banco Central Europeu.

 

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, "o Novo Banco informa que, no dia 7 de Outubro de 2015, procedeu ao cancelamento das seguintes obrigações hipotecárias emitidas ao abrigo do programa de obrigações hipotecárias estabelecido a 9 de Novembro de 2007".

 

São cancelados empréstimos (garantidos através de uma hipoteca) avaliados em 3 mil milhões de euros, com prazos que terminavam em 2017 e 2018. O que liberta activos para um novo programa por parte da instituição sob o comando de Eduardo Stock da Cunha. 

 

"Na sequência deste cancelamento, o Novo Banco informa ainda que estabeleceu, com os seus activos hipotecários, no dia 5 de Outubro de 2015, um novo programa de obrigações hipotecárias, tendo hoje procedido" a novas emissões. Neste caso, as emissões valem 3,7 mil milhões de euros e as maturidades das quatro séries vão de 2018 a 2022.

 

No documento, não é explicado qual o motivo pelo qual esta operação é feita. Contudo, com esta decisão, o banco consegue flexibilizar o seu balanço, sendo que aumenta, também, o número de activos que pode apresentar junto do Banco Central Europeu como colaterais (garantias).

 

Da mesma forma, os prazos das novas séries emitidas também serão mais extensos, pelo que tal permite mudar o perfil de pagamento da dívida, garantindo uma maior estabilidade.

Esta quarta-feira, foi conhecido que o Novo Banco vai converter um crédito bancário à Região Autónoma da Madeira num empréstimo obrigacionista, numa operação que também dá uma maior flexibilização ao banco para gerir este activo de 438 milhões de euros. 

Desde que o Banco de Portugal cancelou o concurso internacional para a venda do Novo Banco, a gestão de Stock da Cunha ficou com a necessidade de fazer um plano de reestruturação a seu cargo, nomeadamente para uma melhor gestão do seu capital e do seu balanço. 

 

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