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Novo Banco pede auditoria interna a créditos para responder a críticas de Bruxelas

António Ramalho lança críticas à Comissão Europeia, que considerou que mesmo após a resolução o Novo Banco tinha deficiências na área de crédito. E pediu, por isso, uma auditoria interna.

Bruno Simão
28 de Março de 2018 às 18:45
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O Novo Banco pediu uma auditoria interna a créditos por si concedidos, para responder às críticas deixadas pela Comissão Europeia ao funcionamento no campo do crédito. António Ramalho confidenciou que não foram encontradas irregularidades.

 

"O acordo com a Direcção-Geral da Concorrência estabelece compromissos e anuncia opiniões. [Em relação] aos compromissos seremos religiosamente cumpridores. Em relação às opiniões, ficam com quem as presta", respondeu António Ramalho na conferência de imprensa de apresentação de prejuízos de 1.395 milhões de euros em 2017.

 

A Comissão Europeia, na decisão relativa às ajudas do Estado, afirmou que o Novo Banco apresentava, mesmo no pós-BES, deficiências no reporte de créditos, dizendo inclusive que é impossível verificar os colaterais associadas.

 

"Nunca houve sequer troca de informações que permita concordar ou discordar com o que foi dito", criticou o presidente executivo.

 

António Ramalho afirmou que a direcção da Comissão Europeia avaliou 20 créditos, "cinco dos quais já estão pagos, e quatro são posteriores à criação do Novo Banco". Foram estes quatro que deixaram críticas ao período de existência do Novo Banco. "Desses quatro, todos eles são performantes".

 

Por isso, veio o pedido de auditoria, até "pelo respeito" pelos seus antecessores". "Na qualidade de CEO, decidi pedir a auditoria a todos esses créditos". Segundo revelou António Ramalho, a auditoria será entregue no Ministério das Finanças e do Banco de Portugal.

 

"Não foram detectadas" irregularidades nesses créditos do Novo Banco. "Sobre aquilo que foi o comportamento do Novo Banco desde que existe, não", continuou. "Não foi detectado rigorosamente nada".

 

 

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