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Mosqueira do Amaral sai da administração do BESI
Pedro Mosqueira do Amaral, que foi administrador não executivo do BES desde 2008, renunciou ao cargo de membro do conselho de administração do Banco Espírito Santo de Investimento.
Pedro Mosqueira do Amaral (na foto) apresentou a sua renúncia ao cargo de membro do conselho de administração do Banco Espírito Santo de Investimento, refere o comunicado divulgado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM.
Pedro Mosqueira do Amaral, que era administrador de várias sociedades do GES e membro do conselho superior, foi também administrador não executivo do BES desde 2008.
Com efeito, embora não tivessem laços de parentesco com os Espírito Santo, os Mosqueira do Amaral eram considerados da família e tinham presença no conselho superior do GES.
No passado dia 17 de Dezembro, na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e GES, Pedro Mosqueira do Amaral declarou que a doença do seu pai, Mário Mosqueira do Amaral, falecido em Março de 2014, acabou por afastar a família dos centros de decisão do Grupo Espírito Santo.
Nesse mesmo dia, sublinhou que mantinha a "idoneidade" atribuída pelo Banco de Portugal e que continuava a gerir uma sociedade do antigo Banco Espírito Santo, agora nas mãos do Novo Banco.
"De 2006 até hoje, assumi a gerência da sociedade BES Beteiligungs GmbH, com sede em Colónia (onde resido e trabalho), detida a 100% pelo Novo Banco", indicou Pedro Mosqueira do Amaral na audição desta quarta-feira, 17 de Dezembro, da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES", indicou.
José Maria Ricciardi não é, assim, o único membro do conselho superior do GES que se manteve em órgãos do banco e do grupo após a medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal. Ricciardi está no BESI, que está integrado no Novo Banco até à venda à sociedade Haitong, Mosqueira do Amaral na BES Beteiligungs GmbH.
Recorde-se que o BES realizou um aumento de capital entre Maio e Junho de 2014, sendo que Ricardo Salgado saiu do banco apenas no mês seguinte. No final de 2013, ficou a saber-se que as contas da Espírito Santo International, sociedade de topo do GES, tinha passivo escondido - o que acabou por desencadear uma derrocada de todo o grupo.