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Moody’s mantém "rating" dos depósitos do Novo Banco no sétimo nível de "lixo"  

O "rating" do Novo Banco estava sob revisão desde Abril de 2017. A Moody’s decidiu manter a notação financeira em Caa1, mas elevou a perspectiva para "positiva".

Miguel Baltazar/Negócios
Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 07 de Maio de 2018 às 12:03

A Moody’s manteve o "rating" dos depósitos do Novo Banco em Caa1, o que corresponde ao sétimo nível de "lixo" e indica "riscos substanciais".

 

A agência de notação financeira (a única entre as três grandes que mantém Portugal no "lixo") tinha a classificação dos depósitos do banco liderado por António Ramalho (na foto) sob revisão desce 5 de Abril do ano passado, tendo optado por estender este estatuto por duas vezes (6 de Outubro de 2017 e 22 de Fevereiro de 2018).    

Agora, depois de o Novo Banco ter divulgado os resultados de 2017, a Moody’s decidiu retirar o "rating" de revisão, mantendo-o em Caa1. Ainda assim, a perspectiva foi melhorada para "positiva", indicando que o rating poderá subir.

 

Para tal acontecer (o que colocaria o "rating" no nível B), a agência refere que será necessária uma melhoria no plano de financiamento de longo prazo do banco, através de depósitos, bem como uma desalavancagem do balanço da instituição financeira.


"A perspectiva positiva também reflecte os benefícios para os fracos fundamentais de crédito se o banco começar a cumprir as metas chave do seu plano de reestruturação, nomeadamente a redução dos activos problemáticos", acrescenta a Moody’s na nota publicada esta segunda-feira, 7 de Maio.

 

O Novo Banco reportou as contas de 2017 no final de Março, tendo anunciado um prejuízo de 1.395 milhões de euros, o que representa um agravamento face aos 788 milhões em 2016.

 

Na justificação para manter o "rating" dos depósitos no sétimo nível de "lixo", a Moody’s adianta que apesar das melhorias nos rácios de solvência do banco, estes permanecem "constrangidos pelo elevado ‘stock’ de activos problemáticos e actividades geradoras de prejuízos".    

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