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Montepio disponibiliza até 1 milhão de euros para refugiados

O dinheiro a ser concedido pela Caixa Económica Montepio Geral tem como áreas prioritárias de destino o ensino de português, a escolaridade e a assistência médica. A contribuição será feita por dois anos.

Miguel Baltazar/Negócios
09 de Setembro de 2015 às 18:58
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Várias têm sido as empresas, por toda a Europa, que estão a anunciar o apoio a refugiados vindos de países da Ásia e de África nos últimos meses. O Montepio juntou-se à lista e pretende disponibilizar até 1 milhão de euros para os afectados.


"A Caixa Económica do Montepio Geral ("CEMG"), instituição financeira vocacionada para o apoio à Economia Social, irá contribuir para o esforço nacional de acolhimento e integração dos migrantes mediante a disponibilização, em dois anos, de até 1 milhão de euros", indica um comunicado enviado às redacções pela instituição financeira.

  

Há áreas prioritárias para o milhão de euros a ser alocado pela entidade sob o comando de José Félix Morgado junto dos refugiados: "ensino da língua portuguesa, escolaridade das crianças e assistência médica".

Este dinheiro será atribuído pela Caixa Económica, sob o comando de José Félix Morgado, e não pela Associação Mutualista Montepio Geral, a sua accionista. A Caixa registou prejuízos de 28,9 milhões de euros no primeiro semestre.

 

A contribuição tem um período de concretização de 24 meses, contado a partir do acolhimento de refugiados. "Estamos disponíveis para começar a trabalhar imediatamente com o Governo da República, segundo as melhores práticas de ajuda humanitária", diz Félix Morgado, citado no comunicado.
 

Portugal deverá receber 3.074 refugiados, conforme determinado pela Comissão Europeia, no seu esforço de distribuição de 120 mil pessoas. "Ainda não há dados concretos relativamente a esse aspecto, mas eventualmente pode adiantar-se Outubro como uma possibilidade" para o acolhimento, disse a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, esta quarta-feira, segundo a Lusa.

 

O Alto Comissariado da Nações Unidas para os Refugiados, ACNUR, estima que mais de 300 mil pessoas tenham já atravessado o Mediterrâneo para chegar à Europa, muitas delas vindas da Síria. Mais de 2.600 morreram nessa travessia só este ano.

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