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Montepio deixa de ter obrigação de comprar unidades de participação
O Montepio Investimento deixou de ter qualquer obrigação de adquirir unidades de participação do Fundo de Participação da caixa económica. Sociedade pertencente à associação mutualista, tem mais de 10% das unidades que ajudaram a instituição financeira a reforçar o seu capital.
O Montepio Investimento deixou de ter obrigação de adquirir as unidades de participação no Fundo de Participação da caixa económica, uma vez que o contrato de liquidez referente a estes títulos que tinha estabelecido com a instituição financeira não foi renovado.
"A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) informa que acordou com o Montepio Investimento, S.A. a não renovação do contrato de liquidez referente a unidades de participação do Fundo de Participação da CEMG, celebrado com esta instituição em 17 de Dezembro de 2013. O referido contrato foi celebrado por um período inicial de 6 (seis) meses e foi automática e sucessivamente renovado até ao passado dia 30 de Junho de 2015", adiantou a instituição financeira em comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
No âmbito do contrato de liquidez que esteve em vigor até ao final de Junho, o Montepio Investimento foi adquirindo unidades de participação (UP) do Fundo de Participação da caixa económica. De acordo com uma comunicação oficial da instituição liderada por António Tomás Correia, aquela sociedade passou a deter 10,09% ou 20.181.390 dos títulos emitidos até essa altura, um total de 200 milhões de UP. Estes títulos, com um valor de emissão de 200 milhões, foram emitidos em Dezembro de 2013 com o objectivo de reforçar a solidez da instituição financeira, tendo sido colocados junto de clientes do Montepio.
Já este mês, o Fundo de Participação emitiu mais 200 milhões de euros de UP que foram totalmente subscritas pela associação mutualista que controla a Caixa Económica Montepio. Numa fase posterior, a instituição, que em breve passará a ser liderada por José Félix Morgado, admite revender estes novos títulos a outros investidores institucionais.