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Ministro recusa intervenção devido às investigações a Tomás Correia

Há investigações judiciais a correr contra António Tomás Correia, presidente do Montepio Geral, mas o ministro com a tutela defende nada ter que ver com isso. "Não compete ao Governo interferir nesse domínio," justifica.

Miguel Baltazar/Negócios
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José Vieira da Silva recusa falar das investigações judiciais e dos processos administrativos que têm António Tomás Correia como principal visado. A responsabilidade é das instâncias judiciais ou de supervisão e não do Executivo, defende o ministro do Trabalho e da Solidariedade. E não responde sobre os poderes que detém na fiscalização sobre o grupo mutualista. 

 

"Não faço nenhum comentário". Foi assim que o governante não respondeu às questões dos deputados da comissão do Trabalho e Segurança Social, que se debruçavam sobre a manutenção de Tomás Correia na presidência da Associação Mutualista Montepio Geral, tendo em conta os processos em curso.

 

A Procuradoria-Geral da República abriu uma investigação extraída da Operação Marquês, sobre uma operação financiada pelo Montepio e pelo BES para a compra de terrenos, que envolve ainda o construtor civil José Guilherme. Há um segundo processo que visa a venda de terrenos durante a oferta de aquisição do Montepio lançada sobre o Finibanco. Além disso, o Banco de Portugal também abriu um processo de contra-ordenação contra a gestão de Tomás Correia, quando era, além de presidente da mutualista, também o líder da caixa económica do Montepio.

 

"Que se faça a investigação. Não compete ao Governo interferir nesse domínio", ressalvou Vieira da Silva, sem responder directamente à questão colocada pelo PCP, que se prendia com os poderes de fiscalização do Ministério do Trabalho.

 

Conforme o Negócios sintetizou em Março, o governante tem poderes para interferir na gestão dos grupos mutualistas, de que é responsável pela supervisão, podendo pedir o afastamento da gestão.

 

Sobre a supervisão do grupo mutualista, que irá mudar mas para o qual ainda não há datas, Vieira da Silva assegura que o acompanhamento "está a ser feito", nomeadamente à aprovação dos produtos mutualistas. "Há fichas técnicas que são obrigatoriamente apresentadas, avaliadas, do ponto de vista actuarial, da solidez, e depois acompanhadas ao longo do tempo pelos serviços do Ministério do Trabalho. Esse trabalho é feito", afiançou. 

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