Notícia
Vieira da Silva pede para tratarem Montepio "com carinho especial"
A separação que o Banco de Portugal está a ordenar no grupo mutualista, entre a associação e a caixa económica, deve ser feita "sem pôr em causa o equilíbrio das instituições", defende o ministro do Trabalho.
As autoridades com responsabilidade pública devem tratar o Montepio Geral com um "carinho especial", segundo declarou esta quarta-feira, 17 de Maio, o ministro do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social, José Vieira da Silva.
Na audição da comissão de Trabalho, para onde foi convocado pelo CDS e pelo BE, o ministro considerou que o "património" deixado pelo grupo mutualista é "o capital de confiança das instituições", pelo que a associação "deve ser tratada com um carinho especial, sempre que se trate de responsáveis ou agentes com responsabilidade pública". Apesar da afirmação, o governante não mencionou a que autoridades fazia o pedido.
Certo é que o governante com a tutela e a supervisão da associação mutualista deixou um conselho sobre a separação entre a casa-mãe e a Caixa Económica Montepio Geral, que está a ser determinada pelo Banco de Portugal. "Essa transformação deve ser feita de forma progressiva e sem pôr em causa o equilíbrio das duas instituições", assinalou Vieira da Silva.
"Tudo isso são activos de enormíssimo valor, que ninguém tem o direito de pôr em causa, seja qual for o lugar que desempenhemos", continuou o governante.
A separação entre a associação mutualista e a caixa económica é defendida pelo Banco de Portugal como uma forma de evitar o contágio entre as duas instituições. Quando teve dificuldades, a caixa foi capitalizada com dinheiros dos mutualistas mas o regulador quer colocar um ponto final na dependência – motivo pelo qual a instituição financeira está em processo de transformação em sociedade anónima, que abre porta a eventuais novos investidores (como é o caso da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa).