Notícia
Ministério Público pede anulação da prescrição do processo "cartel da banca"
A 10 de fevereiro, um acórdão da Relação de Lisboa fez cair as coimas de 225 milhões de euros aplicadas na primeira instância aos principais bancos portugueses por violação das regras da concorrência,
De acordo com o gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República (PGR), deu entrada no Tribunal da Relação de Lisboa, na passada segunda-feira, um pedido de "nulidade" do acórdão que, a 10 de fevereiro, declarou prescrito o processo do "cartel da banca", fazendo, assim, cair as coimas de 225 milhões de euros aplicadas na primeira instância aos principais bancos portugueses por violação das regras da concorrência, avança o Público esta quinta-feira.
Agora, o Ministério Público (MP) vem pedir a anulação do acórdão, contestando a interpretação de que as contra-ordenações se encontram prescritas desde fevereiro de 2024.
Este pedido de anulação é, na prática, uma reclamação submetida ao próprio colectivo de juízes da Relação de Lisboa que assinam o acórdão que ditou a prescrição. Ou seja: não é ainda um recurso para o Tribunal Constitucional, a instância superior na qual o Ministério Público poderá levantar questões de constitucionalidade relacionadas com o processo.