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Marques Mendes: "Probabilidade séria" de Novo Banco ser comprado por chineses
O comentador político revelou, este domingo, "uma reviravolta enorme" no processo de venda do Novo Banco: o BPI está praticamente fora e um grupo chinês está não só dentro, como perto de ficar com o herdeiro do BES.
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E Marques Mendes explicou porque é que o Novo Banco pode acabar em mãos chinesas: "Em particular por esta razão: houve uma reviravolta enorme e o BPI está praticamente fora desta corrida". Refira-se que no processo de venda directa do Novo Banco (NB) estão quatro entidades: Banco BPI, BCP, Apollo/Centerbridge e Loan Star.
Ainda segundo o advogado, a saída do BPI da corrida ao herdeiro do BES "é um enorme balde de água fria para os responsáveis máximos" da instituição liderada por Fernando Ulrich. Há quase duas semanas, a Bloomberg noticiou que responsáveis do CaixaBank teriam dito a investidores que se iriam opor à compra do Novo Banco por parte do BPI assim que assumirem o controlo do banco português.
Conforme o Negócios noticiou, o grupo Minsheng Financial está a negociar o Novo Banco desde Maio, numa iniciativa que ganhou maior fôlego na semana passada, com a presença de altos responsáveis chineses da instituição em Lisboa para desenvolver contactos.
O Banco de Portugal continua a avançar com o processo de venda directa, prevendo ter uma decisão sobre o seu desfecho até ao final do presente mês. Em alternativa, se as propostas não forem satisfatórias, pode avançar o cenário de venda em mercado, através de uma colocação privada. E é aí que poderá entrar em jogo o grupo Minsheng, que está a ser assessorado pelo Haitong Bank, liderado por José Maria Ricciardi, da família Espírito Santo, antigos donos do BES, cuja resolução esteve na origem do banco de transição Novo Banco.