Notícia
Maria Luís volta a questionar se António Costa daria ordens à CGD para salvar GES
"O actual Governo teria indicações à CGD para dar dinheiro ao BES" é a pergunta que Maria Luís Albuquerque deixou a António Costa na audição parlamentar sobre o Novo Banco.
Maria Luís Albuquerque voltou, no Parlamento, a perguntar se o actual primeiro-ministro teria dado ordens à Caixa Geral de Depósitos para conceder um empréstimo que salvasse o Grupo Espírito Santo. Essa é, diz a ex-ministra das Finanças, a única explicação para as declarações de António Costa de Novembro passado, quando afirmou que o PSD "destruiu um banco como o BES".
"O que é legítimo é perguntar: se fosse o actual Governo daria indicações à CGD para dar dinheiro ao BES; ou então, de que outra forma é que destruímos um banco como o BES. Só no contexto da recusa desse empréstimo é que pode ser colocado", indicou a deputada social-democrata na audição da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, que se realizou esta terça-feira, 16 de Maio, tendo o Novo Banco e as "off-shores" como tema.
Em 2014, Ricardo Salgado recorreu a várias personalidades com responsabilidades políticas, tentando que proporcionassem uma salvação ao Grupo Espírito Santo que, no final de 2013, tinha entrado em dificuldades, quando o Banco de Portugal descobriu contas falsificadas na sociedade de topo do grupo, a Espírito Santo International.
O Governo de Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque recusaram intervir e rejeitaram qualquer diligência para que o banco público concedesse um empréstimo ao GES. A administração da CGD também recusou. O BES foi alvo de resolução a 3 de Agosto de 2014, dividindo-se entre um banco "mau", que ficou com os activos e passivos então considerados tóxicos, e o Novo Banco, instituição criada para onde transitou a grande parte do balanço do banco.
A ex-governante voltou a reforçar que o Executivo não teve qualquer papel na resolução, já que esta é uma medida que só pode ser aplicada pela autoridade de resolução, que no país é o Banco de Portugal. Apesar disso, em Novembro do ano passado, António Costa veio acusar o PSD de ter destruído o BES.
"O que é absolutamente irresponsável, é a postura do PSD que, enquanto Governo, procurou esconder dos portugueses a situação em que se encontrava o sistema financeiro. Por sua responsabilidade, destruiu um banco como o BES, conduziu à destruição de um segundo banco, caso do Banif", afirmou o primeiro-ministro. Nessa altura, Maria Luís Albuquerque já tinha sugerido que António Costa daria milhões a Ricardo Salgado se estivesse no Executivo.
Mais de seis meses depois, o tema voltou a ser discutido no Parlamento, com Maria Luís Albuquerque a dizer que António Costa criticou o anterior Governo mas não explicou o que faria. "O que não se percebeu, porque não foi dito, é o alcance das declarações".
"O que é legítimo é perguntar: se fosse o actual Governo daria indicações à CGD para dar dinheiro ao BES; ou então, de que outra forma é que destruímos um banco como o BES. Só no contexto da recusa desse empréstimo é que pode ser colocado", indicou a deputada social-democrata na audição da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, que se realizou esta terça-feira, 16 de Maio, tendo o Novo Banco e as "off-shores" como tema.
Em 2014, Ricardo Salgado recorreu a várias personalidades com responsabilidades políticas, tentando que proporcionassem uma salvação ao Grupo Espírito Santo que, no final de 2013, tinha entrado em dificuldades, quando o Banco de Portugal descobriu contas falsificadas na sociedade de topo do grupo, a Espírito Santo International.
O Governo de Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque recusaram intervir e rejeitaram qualquer diligência para que o banco público concedesse um empréstimo ao GES. A administração da CGD também recusou. O BES foi alvo de resolução a 3 de Agosto de 2014, dividindo-se entre um banco "mau", que ficou com os activos e passivos então considerados tóxicos, e o Novo Banco, instituição criada para onde transitou a grande parte do balanço do banco.
A ex-governante voltou a reforçar que o Executivo não teve qualquer papel na resolução, já que esta é uma medida que só pode ser aplicada pela autoridade de resolução, que no país é o Banco de Portugal. Apesar disso, em Novembro do ano passado, António Costa veio acusar o PSD de ter destruído o BES.
"O que é absolutamente irresponsável, é a postura do PSD que, enquanto Governo, procurou esconder dos portugueses a situação em que se encontrava o sistema financeiro. Por sua responsabilidade, destruiu um banco como o BES, conduziu à destruição de um segundo banco, caso do Banif", afirmou o primeiro-ministro. Nessa altura, Maria Luís Albuquerque já tinha sugerido que António Costa daria milhões a Ricardo Salgado se estivesse no Executivo.
Mais de seis meses depois, o tema voltou a ser discutido no Parlamento, com Maria Luís Albuquerque a dizer que António Costa criticou o anterior Governo mas não explicou o que faria. "O que não se percebeu, porque não foi dito, é o alcance das declarações".