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Maria Luís Albuquerque questiona PCP sobre queixa ao Ministério Público da sua entrada para a Arrow

A actual deputada do PSD aproveitou a sua audição na comissão de inquérito aos actos da Caixa Geral de Depósitos, onde está a ser ouvida como ex-titular das Finanças, para questionar o PCP sobre queixa ao Ministério Público.

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26 de Janeiro de 2017 às 20:06
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Pela voz do deputado comunista, Miguel Tiago, o tema Arrow Global, que contratou Maria Luís Albuquerque, chegou à comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos.

Maria Luís Albuquerque entrou para a Arrow Global, depois de ser ministra das Finanças. A Arrow Global adquiriu uma empresa que comprou crédito malparado que era do Banif. 

Depois de o assunto ter sido trazido à comissão de inquérito, foi Maria Luís Albuquerque que devolveu o assunto ao PCP, acusando o partido de ter feito um acto de suspeição: "Fizeram a participação ao Ministério Público que disseram que iam fazer? O que aconteceu entretanto? Não tivemos notícias". Levou o processo por diante?"

Miguel Tiago não teve oportunidade de responder. Maria Luís Albuquerque ainda se defendeu da pergunta do deputado comunista que questionou a ex-ministra sobre se tinha conhecimento ou envolvimento enquanto responsável da Arrow na venda de carteiras de crédito por parte da CGD. "As minhas funções na Arrow são desempenhadas junto da cabeça do grupo em Inglaterra, e não incluem avaliação de nenhum negócio em particular".

Além disso, acrescentou, a Arrow é uma empresa "escrutinada por várias autoridades de supervisão e as entidades de supervisão inglesas, em matéria comportamental, são exemplares". Reafirmou que "não tenho qualquer envolvimento em decisões dessa natureza, e que carteiras de crédito são compradas pelo grupo".

A entrada de Maria Luís Albuquerque para a Arrow, depois de ter sido ministra das Finanças, foi polémica e a compatibilidade do cargo teve de ser avaliada pelo Parlamento. O parecer, aprovado pelo PSD e CDS com a abstenção do PS e votos contra do BE e do PCP, ilibou a deputada social-democrata de quaisquer incompatibilidades, dizendo que poderia ser parlamentar e administradora não executiva da Arrow, já que as empresas do grupo receberam benefícios fiscais mas todos foram automáticos e regulares.

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