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Malparado da região Norte é o mais baixo desde o resgate da troika

No final do ano passado, o incumprimento bancário das empresas e famílias da região nortenha situava-se nos 7,2% e 3%, os valores mais baixos dos últimos sete e nove anos, respetivamente.

Bruno Simão
11 de Abril de 2019 às 17:50
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Os indicadores de incumprimento bancário (rácio de crédito vencido em percentagem de crédito concedido) estão em queda generalizada na região do Norte.

 

No crédito às empresas nortenhas, o rácio de crédito vencido situou-se em 7,2% no final do quarto trimestre de 2018, contra 9,2% três meses antes e que é o mais baixo dos últimos sete anos, ou seja, desde o resgate financeiro do país pela troika, em 2011.

 

Já no crédito às famílias (habitação mais consumo e outros fins) da região, o incumprimento fixou-se em 3%, valor que compara com 3,4% no final do trimestre precedente e que é o mais baixo dos últimos nove anos.

 

"Considerando globalmente o crédito às empresas e às famílias na região do Norte, o rácio de crédito vencido situava-se, no final do quarto trimestre de 2018, em 4,5%, valor que compara com 5,5% três meses antes", avança o relatório Norte Conjuntura, que foi divulgado esta quinta-feira, 11 de abril, pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).

 

A nível nacional, o Banco de Portugal alertou, na semana passada, que o nível de crédito em incumprimento ainda é muito elevado no país, representando 9,4% do total dos empréstimos no final de 2018.

 

Crédito concedido à economia nortenha continua a cair

 

O Norte Conjuntura dá também conta de que o montante global do crédito concedido à economia da região nortenha (dívida das sociedades não financeiras e das famílias ao sistema bancário e financeiro residente) tinha sofrido um decréscimo de 1,6% face a um ano antes.

 

"Este resultado contrasta de algum modo com o cenário vivido durante os primeiros três trimestres de 2018, quando o mesmo indicador exibiu variações homólogas praticamente nulas", regista o relatório da CCDRN, que nota que, também a nível nacional, o montante global de financiamento às empresas e às famílias tem vindo a reduzir-se em termos homólogos - decréscimo de 1,9% no final do quarto trimestre de 2018, contra menos 1% três meses antes.

 

A dívida das empresas (sociedades não financeiras) da região do Norte ao sistema bancário e financeiro residente ascendia a 19,5 mil milhões de euros no final do ano passado, menos 5,1% do que um ano antes.

 

O Norte Conjuntura sublinha que esta variável "apresentou variações sempre negativas, na região do Norte, ao longo dos últimos oito anos - nove anos, a nível nacional".

 

Já o valor dos novos empréstimos às empresas, acrescenta o mesmo documento, tem mantido variações positivas desde o final de 2017, quer a nível nacional, quer na região nortenha.

 

No final de 2018, os novos empréstimos às sociedades não financeiras do Norte apresentavam uma variação homóloga de 2,3%, o que compara com 7% no final do terceiro trimestre.

 

O total do crédito às famílias na região do Norte (habitação mais consumo e outros fins) apresentava, no final do quarto trimestre de 2018, um crescimento de 0,4% em termos homólogos, resultado que compara com 0,9% no final do trimestre anterior.

 

"Esta desaceleração ocorre após o crédito às famílias ter evoluído a ritmos crescentes durante os primeiros três trimestre de 2018 na região do Norte", remata o Norte Conjuntura.

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