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Maior accionista português reforça no BPI antes de OPA ou fusão
A família Violas investiu mais de 1,1 milhões de euros na compra de acções do BPI em Junho. Comprou os títulos a um preço 4,5% mais elevado do que o oferecido pelo CaixaBank na OPA.
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O maior accionista português do Banco BPI reforçou ligeiramente a sua posição. A 4 de Junho, o grupo Violas Ferreira tinha uma participação de 2,57%. Superou os 2,63% na semana seguinte. Gastou 1,1 milhões de euros na compra das acções.
Em comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BPI assinala que a Violas Ferreira Financial, "holding" de Edgar Alves Ferreira, aumentou ligeiramente a sua participação accionista.
A 5 e 8 de Junho, foram adquiridas 822.892 acções do BPI pela "holding", levando a um total de 38.336.119 títulos representativos do capital. Embora em dois dias diferentes, as acções foram negociadas a 1,39 euros. Um investimento global de 1,1 milhões de euros.
Além da posição de 2,6313% que o grupo Violas passa a ter no BPI, Edgar Violas Ferreira é ainda detentor de um lote de 227.273 títulos, representativos de 0,0156% do capital, a título individual.
O grupo português é o quarto maior accionista do banco liderado por Fernando Ulrich (na foto), e o primeiro português. O CaixaBank tem uma posição de 44,1%, apesar de limitado nos direitos de voto a 20%. A Santoro, de Isabel dos Santos, tem uma participação de 18,58%. A Allianz responde por 8,27% do capital, segundo dados a 4 de Junho.
O reforço de posição de Violas Ferreira é feito pouco antes da assembleia-geral de 17 de Junho, que irá discutir a desblindagem de estatutos no banco: precisamente aquilo que poderá permitir que o CaixaBank possa ter direitos de voto equiparáveis ao capital social. A desblindagem é algo que o grupo catalão considera essencial para avançar com a oferta pública de aquisição, lançada sobre o BPI a 1,329 euros por acção – um preço já rejeitado pela empresária angolana. As compras de Violas Ferreira foram concretizas a um preço 4,5% acima do oferecido pelos catalães.
Entretanto, também continua em cima da mesa a fusão que Isabel dos Santos admitiu promover entre o BPI e o BCP.
Os títulos do banco fecharam esta terça-feira a ganhar 2,79% para 1,364 euros.