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Lucros do BBVA descem quase 34% no semestre mas superam estimativas
Os lucros do espanhol BBVA recuaram quase 34% no primeiro semestre face ao período homólogo, contudo superaram as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg. As acções valorizam mais de 4%.
O espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentária (BBVA) apresentou esta manhã os seus números e no primeiro semestre deste ano a instituição registou lucros de 1.832 milhões de euros, o que representa uma quebra de 33,6% face aos primeiros seis meses de 2015. De Janeiro a Junho do ano passado, o resultado líquido do BBVA foi de 2.759 milhões de euros. Ainda assim, os resultados obtidos no primeiro semestre deste ano superaram as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que estimavam lucros de 1,66 mil milhões de euros.
O comunicado da instituição financeira explica que esta evolução dos resultados semestrais se deve "ao impacto das taxas de câmbio e à ausência de operações corporativas". "Sem estes dois efeitos, o resultado cresceu 5,8% ano-a-ano".
Ainda de acordo com o comunicado da instituição financeira espanhola, de Janeiro a Junho deste ano a margem de juros situou-se nos 8.365 milhões de euros, o que representa um aumento homólogo de 11,2%. A margem bruta ascendeu a 12.233 milhões de euros "o que pressupõe um crescimento ano-a-ano de 5,9%.
"Em termos de solvência, o BBVA continua no bom caminho para conseguir o seu objectivo de rácio CET1 fully-loaded de 11% em 2017", garante o banco em comunicado. "O rácio de alavancagem fully-loaded no final do semestre alcançou os 6,4% o que permite ao BBVA ocupar a segunda posição em relação aos seus concorrentes europeus", acrescenta.
Olhando apenas para o segundo trimestre, é possível verificar que o banco espanhol teve lucros trimestrais de 1.123 milhões de euros, o que reflecte um crescimento de 58,4% face ao trimestre anterior. Este valor superou também as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que anteviam resultados líquidos de 947,7 milhões de euros.
Em comunicado, Carlos Torres Vila, conselheiro delegado do banco, sustenta que: "alcançamos os lucros trimestrais mais altos do último ano". "O ritmo de crescimento dos lucros acelerou no segundo trimestre e estamos a avançar de forma decida para os nossos objectivos de alcançar um rácio de capital de 11% em 2017. Definitivamente, estes são resultados sólidos", acrescenta.
As acções do banco espanhol estão a subir 4,21% na praça madrilena para 5,25 euros. Este comportamento faz com que o banco seja o que tem o sétimo melhor desempenho no índice que agrega os bancos, o Stoxx 600 para a banca.