O CaixaBank fechou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido de 638 milhões de euros, menos 9,9% do que em igual período do ano passado, de acordo com o comunicado emitido esta sexta-feira, 29 de Julho.

No período em análise, o banco catalão registo uma quebra na margem financeira, com as comissões e os resultados de participadas diminuíram. A margem bruta caiu 11% para 4,05 mil milhões de euros.

A instituição realça que a "evolução do crédito confirma a tendência de recuperação, com um crescimento de 1% em 2016, até 208.486 milhões, devido à sólida melhoria da nova produção de crédito desde Junho de 2015: o hipotecário cresce 46%, o de consumo 58% e o de empresas 24%, explica a mesma fonte.

Os recursos de clientes também cresceram 2,4% para 304.465 milhões de euros.

No comunicado que emitiu esta manhã, o CaixaBank, que lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o BPI e que aguarda pela assembleia geral de accionistas – que foi suspensa até ao dia 6 de Setembro – não adianta novidades sobre este processo. Apenas dá conta de alguns episódios que marcaram o primeiro semestre, como o caso do BCE ter concedido quatro meses ao CaixaBank para resolver problema do BPI em Angola.

 
O CaixaBank aguarda pela realização da AG de accionistas do BPI para ver se consegue que os estatutos do banco português sejam desblindados, permitindo aos accionistas terem o poder total das suas posições, isto porque actualmente o direito de voto está limitado a 20%. E os catalães querem poder votar com o correspondente à sua posição, que actualmente já supera os 40%. A OPA ao BPI está mesmo dependente de o CaixaBank conseguir alcançar este objectivo.