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Banca europeia em alta em dia de testes de stress
O sector financeiro é o que mais impulsiona a negociação na Europa, no dia em que serão conhecidos os resultados dos testes da stress à banca do Velho Continente.
No dia em que serão conhecidos os níveis de solidez de mais de meia centena de instituições financeiras da Europa, o sector da banca é o que mais impulsiona os índices bolsistas do Velho Continente.
O índice que reúne os principais bancos europeus sobe 2,34%, com apenas dois dos seus membros a negociar em terreno negativo.
A forte subida do sector da banca está a impulsionar o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, que ganha 0,67% para 341,74 pontos, preparando-se para completar a maior valorização mensal desde Outubro.
Esta evolução do sector financeiro acontece no dia em que serão conhecidos os resultados dos testes de stress à banca. A Autoridade Bancária Europeia (EBA) analisou mais de 100 instituições financeiras europeias, sendo que apenas divulga os dados de 51. As restantes entidades poderão ainda assim divulgar a informação sobre a sua situação, como é o caso do BCP, que deverá aproveitar a apresentação dos resultados para dar conta da análise sobre os seus níveis de solidez.
A maior valorização no sector é protagonizada pelo italiano Monte dei Paschi, que tem sido fortemente penalizado nas últimas semanas devido aos receios em torno do elevado volume de crédito malparado. As acções escalam 6,76%, depois de ter sido noticiado que a instituição recebeu uma proposta do UBS e de Corrado Passera, antigo ministro italiano do desenvolvimento económico, que inclui um aumento de capital de 3,3 mil milhões de euros.
Apesar da forte subida, os títulos do Monte dei Paschi, acumulam uma desvalorização de quase 75% desde o início do ano.
Também o Barclays regista uma forte subida em bolsa, depois de a instituição ter anunciado que os lucros das suas unidades "core" caíram 7,5% para 1,85 mil milhões de libras, quando os analistas antecipavam uma quebra superior, de 10%. Os títulos do banco britânico ganham 5,05%.
Já o UBS valoriza 2,86%, depois de ter apresentado resultados que ultrapassaram as previsões dos analistas. O banco obteve lucros de 1,03 mil milhões de francos suíços no segundo trimestre do ano, acima das estimativas que apontavam para 668 milhões.
O CaixaBank, que fechou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido de 638 milhões de euros, menos 9,9% do que em igual período do ano passado, sobe 2,09 para 2,195 euros por acção.
O espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentária registou lucros de 1.832 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que representa uma quebra de 33,6% face aos primeiros seis meses de 2015. De Janeiro a Junho do ano passado, o resultado líquido do BBVA foi de 2.759 milhões de euros. Ainda assim, os resultados obtidos no primeiro semestre deste ano superaram as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que estimavam lucros de 1,66 mil milhões de euros. As acções do banco espanhol valorizam 3,53% para 5,216 euros.