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Lucros do Santander sobem 19,6% para 186 milhões de euros
O banco liderado por Pedro Castro e Almeida registou uma melhoria de quase 20% em comparação com o mesmo período de 2022, quando obteve lucros de 155,4 milhões de euros.
O Santander Totta fechou o primeiro trimestre de 2023 com um lucro de 185,9 milhões de euros, uma melhoria de 19,6% em relação aos 155,4 milhões registados no mesmo período do ano passado, anunciou o banco em comunicado publicado esta quinta-feira.
"Nos três primeiros meses do ano, alcançámos um resultado líquido de 186 milhões de euros e continuámos a apresentar indicadores robustos, que reforçam a nossa solidez de balanço e a nossa capacidade de apoiar a economia, as empresas e as famílias em Portugal", refere o CEO, Pedro Castro e Almeida, na nota.
A instituição financeira informa também que "os resultados da atividade seguradora cresceram 56,3%, para 4,8 milhões de euros".
"A imparidade líquida de ativos financeiros ao custo amortizado ascendeu a -17 milhões de euros, que compara com -3 milhões no mesmo período do ano passado", indica. "Apesar do complexo contexto económico, a qualidade da carteira de crédito permanece inalterada, com o rácio de NPE a situar-se em 2,1%, no final do trimestre (uma redução de 0,2 pontos percentuais face ao nível observado no período homólogo)", revelam também.
Já a evolução das provisões líquidas e outros resultados, com uma redução homóloga de 65,8% para 6,1 milhões de euros, "reflete a alienação de ativos correntes detidos para venda realizada nesse período", denota o banco.
Carteira de crédito e depósitos diminui
Ainda assim, a instituição financeira registou um decréscimo de 2,2% na carteira de crédito, que se fixou em 42,6 mil milhões de euros, "muito influenciada pelo contexto de taxas de juro elevadas, com a diminuição da procura de crédito de médio e longo prazo, em especial ao nível das empresas", explica o Santander Totta.
A carteira de crédito hipotecário cresceu 1,8% nos primeiros três meses do ano, fixando-se em 22,675 mil milhões de euros, ao passo que o crédito a empresas registou um decréscimo de 7,2% face ao mesmo período do ano passado, situando-se em 19,4 mil milhões de euros.
Os recursos de clientes foram de 44,8 mil milhões de euros, um decréscimo de 5,5% face a valores de 2022, sendo que os depósitos registaram uma quebra de 4,9%, ou quase dois mil milhões de euros, fixando-se no final de março em 37,285 mil milhões de euros. A redução dos depósitos está "largamente associada à mencionada amortização antecipada de crédito pelos clientes, lê-se no comunicado.
O rácio de capital Common Equity Tier 1 (CET1), que mede a solidez financeira, foi de 13,5%, reduzindo-se em 7,8 pontos base face aos 21,3% registados no final do primeiro trimestre do ano passado.