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Lucros do Santander sobem 19,6% para 186 milhões de euros

O banco liderado por Pedro Castro e Almeida registou uma melhoria de quase 20% em comparação com o mesmo período de 2022, quando obteve lucros de 155,4 milhões de euros.

Kacper Pempel / Reuters
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O Santander Totta fechou o primeiro trimestre de 2023 com um lucro de 185,9 milhões de euros, uma melhoria de 19,6% em relação aos 155,4 milhões registados no mesmo período do ano passado, anunciou o banco em comunicado publicado esta quinta-feira.

"Nos três primeiros meses do ano, alcançámos um resultado líquido de 186 milhões de euros e continuámos a apresentar indicadores robustos, que reforçam a nossa solidez de balanço e a nossa capacidade de apoiar a economia, as empresas e as famílias em Portugal", refere o CEO, Pedro Castro e Almeida, na nota.

O produto bancário cresceu 23% ascendendo a 407,9 milhões de euros, "impulsionado pela melhoria da margem financeira (38,1%)" que se fixou em 267,7 milhões de euros, "refletindo as medidas de política monetária implementadas pelo BCE desde julho de 2022, em termos de subida das taxas de juro de referência", frisa a instituição financeira.

As comissões registaram igualmente um crescimento, embora mais ténue, de 2,2% para 121,7 milhões de euros, cuja evolução reflete "a conjugação de vários fatores, destacando-se a dissipação dos efeitos da recuperação pós-pandémica", bem como "o enquadramento de taxas de juro mais elevadas, que se reflete numa moderação dos volumes de nova produção de crédito", denota o banco.

A instituição financeira informa também que "os resultados da atividade seguradora cresceram 56,3%, para 4,8 milhões de euros".

"A imparidade líquida de ativos financeiros ao custo amortizado ascendeu a -17 milhões de euros, que compara com -3 milhões no mesmo período do ano passado", indica. "Apesar do complexo contexto económico, a qualidade da carteira de crédito permanece inalterada, com o rácio de NPE a situar-se em 2,1%, no final do trimestre (uma redução de 0,2 pontos percentuais face ao nível observado no período homólogo)", revelam também.

Já a evolução das provisões líquidas e outros resultados, com uma redução homóloga de 65,8% para 6,1 milhões de euros, "reflete a alienação de ativos correntes detidos para venda realizada nesse período", denota o banco.

Carteira de crédito e depósitos diminui

Ainda assim, a instituição financeira registou um decréscimo de 2,2% na carteira de crédito, que se fixou em 42,6 mil milhões de euros, "muito influenciada pelo contexto de taxas de juro elevadas, com a diminuição da procura de crédito de médio e longo prazo, em especial ao nível das empresas", explica o Santander Totta.

A carteira de crédito hipotecário cresceu 1,8% nos primeiros três meses do ano, fixando-se em 22,675 mil milhões de euros, ao passo que o crédito a empresas registou um decréscimo de 7,2% face ao mesmo período do ano passado, situando-se em 19,4 mil milhões de euros.

Os recursos de clientes foram de 44,8 mil milhões de euros, um decréscimo de 5,5% face a valores de 2022, sendo que os depósitos registaram uma quebra de 4,9%, ou quase dois mil milhões de euros, fixando-se no final de março em 37,285 mil milhões de euros. A redução dos depósitos está "largamente associada à mencionada amortização antecipada de crédito pelos clientes, lê-se no comunicado.

O rácio de capital Common Equity Tier 1 (CET1), que mede a solidez financeira, foi de 13,5%, reduzindo-se em 7,8 pontos base face aos 21,3% registados no final do primeiro trimestre do ano passado.

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