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Lucros trimestrais do grupo Santander sobem 1% para 2.571 milhões de euros

Os lucros do Santander teriam aumentado 10% sem o efeito do imposto temporário e extraordinário sobre a banca em vigor em Espanha desde o início do ano.

#12 - Ana Botín
Juan Medina
25 de Abril de 2023 às 08:19
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O grupo espanhol Santander teve lucros de 2.571 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, mais 1% do que no mesmo período de 2022, anunciou esta terça-feira o banco.

Os lucros do Santander teriam aumentado 10% sem o efeito do imposto temporário e extraordinário sobre a banca em vigor em Espanha desde o início do ano, que no caso do banco se traduziu no pagamento de 224 milhões de euros entre janeiro e março, segundo os resultados comunicados hoje pelo grupo às autoridades espanholas.

Num período em que as taxas de juro continuaram a aumentar, o Santander, que é dono em Portugal do Santander Totta, diz que o lucro que conseguiu no primeiro trimestre "se apoiou num aumento das receitas de 13%", superior ao aumento de 11% dos gastos devido à inflação.

O banco destaca ainda o aumento em 6% dos depósitos em todas as regiões do mundo onde opera (Europa, América do Norte e América do Sul) e o crescimento de 3% dos créditos que concedeu, comparando com o mesmo período do ano passado.

Os empréstimos para habitação aumentaram 2% e o crédito ao consumo 9%, enquanto a taxa de morosidade (atrasos ou incumprimento nos pagamentos das prestações) foi de 3,05%.

Apesar do crescimento global do crédito concedido, os empréstimos caíram 2% na Europa, "por causa da menor procura e amortizações antecipadas", segundo o comunicado de hoje do Santander.

Globalmente, os lucros do Santander na Europa (que incluem a atividade no Reino Unido) chegaram aos 1.189 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 19% do que nos mesmos meses de 2022, "graças ao forte crescimento da margem de juros".

A Europa contribuiu em 42% para os resultados globais do grupo.

Na América do Norte (Estados Unidos e México), o Santander teve lucros de 627 milhões de euros no primeiro trimestre e o contributo para os resultados globais do grupo foi 22%.

A América do Sul contribuiu com 28% para os resultados do grupo Santander, mas os lucros nesta região desceram 14%, para 790 milhões de euros, "principalmente devido às maiores provisões e ao aumento dos custos por causa da inflação".

A maioria dos lucros do Santander na América Sul foram conseguidos no Brasil, 469 milhões de euros, uma queda de 29% em relação ao mesmo período de 2022, apesar do "forte crescimento de clientes (mais seis milhões) e do bom comportamento das receitas com comissões" que, porém, "se viram neutralizadas com um aumento dos custos por causa da inflação e uma queda da margem de juros (menos 6%) devido à sensibilidade negativa à subida das taxas de juro e de uma mudança no 'mix' de crédito par ativos de maior qualidade".

A presidente do Santander, Ana Botín, citada no comunicado divulgado hoje, diz que o banco teve "um muito bom começo de ano" e, "apesar da recente volatilidade" dos mercados financeiros, a expetativa do grupo é cumprir com os objetivos que tem para 2023.

O grupo espanhol Santander teve no ano passado lucros de 9.605 milhões de euros, um valor recorde que representou um aumento de 18% em relação a 2021.


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