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Lucros do BPI caem para metade devido a ausência de extraordinários

Em 2018 o BPI tinha beneficiado com os ganhos de 160 milhões de euros com a venda de participações financeiras, que não se repetiram em 2019.

Pablo Forero
04 de Novembro de 2019 às 08:46
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O BPI chegou a setembro com um resultado líquido de 253,6 milhões de euros, um valor que representa uma queda de 52% face ao mesmo período do ano passado.

 

O banco controlado a 100% pelos espanhóis do CaixaBank explica esta queda nos lucros dos nove primeiros meses do ano com os ganhos extraordinários de 160 milhões de euros obtidos em 2018 com a venda de participações, que não se repetiram este ano.

 
Em 2018 o BPI tinha alcançado lucros de 324,4 milhões de euros entre janeiro e setembro, beneficiando com as vendas de participações na Viacer (SuperBock), BPI Gestão de Activos e negócio de "acquiring".

Além desta ausência de ganhos extraordinários este ano, "foi alterada a classificação contabilística do BFA no final de 2018, pelo que o resultado consolidado passa a partir de 2019 a refletir os dividendos do BFA atribuídos ao BPI quando anteriormente refletia a apropriação de resultados do BFA por equivalência patrimonial", explica o BPI em comunicado.

 

Na atividade em Portugal o lucro recorrente do BPI baixou 7% para 152,8 milhões de euros, uma evolução que o banco liderado por Pablo Forero explica com "imparidades de 11 milhões de euros em unidades de participação que o banco tem há alguns anos em fundos de recuperação, subscritas por contrapartida da cedência de créditos aqueles fundos".

 

Na margem financeira (indicador que mede a diferença entre juros cobrados e juros pagos) a evolução foi positiva (+3,4% para326,1 milhões de euros). Já as comissões líquidas desceram 9 milhões de euros para 192,5 milhões de euros, "uma vez que já não beneficiam do contributo dos negócios de cartões, acquiring e banca de investimento alienados em 2018". Tendo em conta o mesmo perímetro de negócios, as comissões aumentaram 8,8%.

 

O BPI aumentou os recursos de clientes (depósitos e outros fundos) em 2,2% e a carteira de crédito em 2,6%. O rácio de Non-performing Exposures (NPE) melhorou três décimas para 3,2%, o que permite ao banco dizer que tem o melhor indicador de mal parado do setor financeiro português.

 

Na atividade internacional o angolano BFA contribuiu com 86,4 milhões de euros para os lucros, enquanto o moçambicano BCI contribuiu com 14,5 milhões de euros.

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