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BPI baixa lucros para 49,2 milhões no primeiro trimestre

A ausência das mais-valias obtidas no ano passado explica a queda dos lucros do banco liderado por Pablo Forero.

Pedro Simões
02 de Maio de 2019 às 07:48
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O Banco BPI fechou o primeiro trimestre com um resultado líquido de 49,2 milhões de euros, o que representa uma queda de 60% face ao mesmo período do ano passado.

 

Em comunicado, o banco liderado por Pablo Forero explica a descida dos lucros com dois fatores extraordinários que impulsionaram os lucros nos primeiros três meses do ano passado: venda da participação na Viacer e reversões de imparidades de 11 milhões de euros.

 

A 15 de fevereiro de 2017 o BPI alienou 25% da empresa que controla a Super Bock ao Grupo Violas, num negócio que gerou para o banco uma mais-valia de 60 milhões de euros.


Num trimestre em que a atividade em Portugal gerou 92,5% dos lucros, o produto bancário do BPI desceu 4,4% para 174,1 milhões de euros, devido à "diminuição dos resultados em operações financeiras e outros proveitos operacionais".

 

A margem financeira aumentou 5,2% para 106,8 milhões de euros e as receitas de comissões líquidas desceram 5,2 milhões 60,4 milhões de euros, já que o banco deixou de contar com o contributo dos negócios de cartões, acquiring e banca de investimento, que foram vendidos ao CaixaBank. Tendo em conta os mesmos ativos, o BPI diz que as comissões aumentaram em 3,3 milhões de euros.

 

O crédito concedido pelo BPI aumentou 0,3% para 23.546 milhões de euros, com o banco a destacar o "crescimento assinalável de 8,5%" no crédito às empresas, que atingiu 9.349 milhões de euros.

 

O banco diz ter em janeiro uma quota de 9,9% no crédito a empresas, sendo que no crédito à habitação situava-se em 11,5% após uma descida da carteira em 0,5% para 11.116 milhões de euros. No crédito ao consumo a carteira aumentou 3,1%.

 

No que diz respeito à qualidade dos ativos, o BPI diz que o rácio de NPE - Non-performing Exposures (que inclui o crédito mal parado) baixou 2 décimas para 3,3%, sendo que a "elevada qualidade da carteira de crédito permitiu a recuperação de 3,3 milhões de euros de créditos anteriormente abatidos ao ativo".  

 

No capital, o rácio de CET1 (fully loaded) ascendeu a 13,5%.

 

Estes são os primeiros resultados que o BPI apresenta referentes a um período em que já não negoceia na bolsa portuguesa. As ações saíram de bolsa a 14 de dezembro de 2018.

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